Nota
Sei que há uns indivíduos que andam sempre muito preocupados com os outros. São os tais que julgam que só eles trabalham, mesmo que andem 8 horas numa redacção para fazer um par de notícias ou nem isso. Vai daí, pegam com tudo, até com blogues, como se estes fossem as causas de reduções salariais ou de ameaças de despedimento. Eu sei que os blogues os incomodam cada vez mais. Aliás, quem acompanha a discussão sobre o futuro do jornalismo sabe que a problemática do impacto das redes sociais no chamado jornalismo tradicional é a principal ameaça para este. Ainda sobre os blogues sempre houve um problema de respeitabilidade por parte da imprensa. Primeiro era informação privilegiada. Depois perceberam que essa informação estava à vista de todos e por todos acessível mas que para isso era preciso trabalhar, ir buscá-la, mudaram o discurso. Os que antes reclamavam para si o direito a terem blogues em exclusividade ou os que se apresentavam como alegados exemplos de cumprimento das suas obrigações profissionais, cedo perceberam que afinal as coisas poderiam ser bem mais difíceis do que imaginavam. Até o meu caro amigo Luís Calisto se lançou nestas lides dos blogues recentemente e pregou-lhes uma boa ferroada - como deixou há pouco tempo a actividade jornalística operacional, mas continua a ter as suas fontes e os seus processos de obtenção de informação ainda frescos, passou a produzir também informação, o que lhes aumentou a azia. Não é o caso deste blogue que é sobretudo um divulgador de notícias em função de critérios que têm a ver com as opções do seu responsável. E que vai continuar a ser assim. Uma coisa é certa: se acontecer alguma coisa ou se as dificuldades empresariais se agravarem, a culpa não é dos blogues. Longe disso. Nem das páginas do Facebook, nem dos artigos de opinião. É uma questão de assumirem responsabilidades. Sejam felizes. E não levem esta nota a mal.
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