quarta-feira, abril 25, 2012

Cada português deve 18 mil euros

Escreve o jornalista do Correio da Manhã, Miguel Alexandre Ganhão que "se os nossos credores exigissem o pagamento de todas as dívidas, cada português tinha que adiantar mais de 18 mil euros. É este o peso por cabeça do total das dívidas do Estado que, segundo o Banco de Portugal, somam mais de 190 mil milhões de euros. De acordo com os números do Eurostat, organismo estatístico da União Europeia, ontem revelados, a dívida do Estado português era, no final de 2011, 184,3 mil milhões de euros. Mas no final de Fevereiro, e graças ao empréstimo da troika, a dívida subiu mais 5,8 mil milhões. Aquele organismo europeu rectificou o défice de 2011 em 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB), conseguidos graças à transferência dos fundos de pensões da Banca para a Segurança Social e à sobretaxa que incidiu sobre o subsídio de Natal de todos os portugueses. Mesmo assim, o endividamento português é o quarto maior da Zona Euro, atrás da Grécia (165,3%), Irlanda (120,1%) e Itália (120%), representando 107,8% da riqueza do País. Em simultâneo com a divulgação dos números do Eurostat, o Banco de Portugal revelou, no seu boletim estatístico, que as dívidas na administração local também denotam um forte crescimento na última década, passando de 1,9 mil milhões de euros em 2000 para 5,7 mil milhões de euros no final de 2011. Ainda assim, este valor, que representa 3,3% do PIB, traduz uma descida de 200 milhões de euros em relação aos valores registados em 2010.
MAIS RESGASTES NOS CERTIFICADOS DE AFORRO
A crise económica tem obrigado muitas famílias a recorrer às poupanças. Prova disso mesmo é o aumento dos resgates no certificados de aforro, considerados como uma das aplicações financeiras mais seguras. De acordo com o Boletim Mensal do Instituto de Gestão do Crédito Público, divulgado ontem, no mês passado foram retirados 244 milhões de euros dos certificados de aforro (CA). Ao mesmo tempo, as novas subscrições renderam, apenas, 24 milhões".

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