quinta-feira, março 01, 2012

Recordando as taxas de desemprego no final de 2011 (INE)

"A taxa de desemprego estimada para o 4º trimestre de 2011 foi de 14,0%. Este valor é superior em 1,6 pontos percentuais ao do trimestre anterior. A população desempregada foi de 771,0 mil, o que representa um acréscimo trimestral de 11,8% (mais 81,4 mil pessoas). A população empregada foi de 4 735,4 mil, o que representa um decréscimo trimestral de 2,4% (menos 118,3 mil pessoas). A taxa de desemprego média anual foi de 12,7% em 2011 e a população desempregada de 706,1 mil.

1.População ativa

A população ativa totalizou 5 506,5 mil pessoas, no 4º trimestre de 2011, o que significa uma redução de 36,9 mil (0,7%) face ao trimestre anterior, indicam os resultados do Inquérito ao Emprego. A taxa de atividade da população em idade ativa (15 e mais anos) situou-se em 60,9%, o que traduz uma diminuição de 0,4 pontos percentuais (p.p.) A taxa de atividade dos homens em idade ativa foi de 67,4% e excedeu a das mulheres (54,8%) em 12,6 p.p. A taxa de atividade diminuiu tanto para os homens como para as mulheres, tendo a dos homens descido 0,8 p.p. e a das mulheres 0,2 p.p. No ano de 2011, em média, a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 61,3%.

2. População empregada

A população empregada totalizou 4 735,4 mil pessoas, tendo registado um decréscimo de 118,3 mil (2,4%), no 4º trimestre de 2011. Para este resultado contribuíram essencialmente:
• A diminuição do número de empregados do sexo masculino (82,5 mil), que explicou 69,7% da variação ocorrida no emprego total.
• A diminuição de 79,5 mil empregados dos 15 aos 34 anos. O número de empregados dos restantes grupos etários também diminuiu, embora o seu contributo para a redução global do emprego tenha sido menor.
• A diminuição do número de empregados (104,5 mil) com nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico. Estatísticas do Emprego – 4º trimestre de 2011. O número de empregados com nível de escolaridade completo correspondente ao ensino secundário e pós-secundário diminuiu menos (13,9 mil). O número de empregados com ensino superior manteve-se praticamente inalterado.
• A diminuição do emprego na indústria, construção, energia e água (58,0 mil), que explicou 49,0% da variação ocorrida no emprego total. No setor dos serviços o emprego diminuiu menos (34,4 mil), tal como na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (26,0 mil).
• A diminuição de 93,4 mil trabalhadores por conta de outrem, de entre os quais 66,1 mil tinha um contrato de trabalho com termo. O número de trabalhadores por conta própria diminuiu menos (26,7 mil).
• A diminuição no número de trabalhadores a tempo completo, que abrangeu 112,1 mil pessoas e explicou 94,8% da variação ocorrida no emprego total. A taxa de emprego (15 e mais anos) situou-se em 52,4%. Este valor foi inferior ao do trimestre anterior em 1,3 p.p. A taxa de emprego dos homens (58,1%) excedeu a das mulheres (47,1%) em 11,0 p.p. Face ao trimestre anterior, a taxa de emprego dos homens diminuiu 1,9 p.p. e a das mulheres diminuiu 0,8 p.p. No ano de 2011, em média, a taxa de emprego (15 e mais anos) situou-se em 53,5%.

3.População desempregada

A população desempregada, estimada em 771,0 mil pessoas, registou um acréscimo de 11,8% (81,4 mil pessoas), no 4º trimestre de 2011. Para este resultado contribuíram essencialmente:
• O aumento do número de homens desempregados (50,7 mil), que explicou 62,3% da variação ocorrida no desemprego total. O número de mulheres desempregadas aumentou menos (30,6 mil).
• O aumento de desempregados dos 25 aos 34 anos e do desemprego jovem (15 a 24 anos), num total de 54,1 mil pessoas. O desemprego de pessoas pertencentes aos restantes grupos etários também aumentou, mas o seu contributo para o aumento global do desemprego foi menor.
• O aumento do desemprego de pessoas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico (35,8 mil) e ao ensino secundário e pós-secundário (31,9 mil). O aumento do desemprego de pessoas com um nível de escolaridade superior foi menor (13,7 mil).
• O aumento de desempregados à procura de novo emprego (76,8 mil), que explicou 94,3% da variação ocorrida no desemprego total. Naquele grupo, destaca-se o aumento do desemprego com origem no setor dos serviços (44,1 mil).
• O aumento de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses, que abrangeu 49,1 mil pessoas e explicou 60,3% da variação ocorrida no desemprego total.
A taxa de desemprego foi estimada em 14,0%, valor superior, em 1,6 p.p., ao observado no trimestre anterior.
Este aumento resultou do efeito conjugado do decréscimo da população empregada (2,4%) e do acréscimo da população desempregada (11,8%), abrangendo 118,3 mil e 81,4 mil pessoas, respetivamente.
A taxa de desemprego das mulheres (14,1%) excedeu a dos homens (13,9%) em 0,2 p.p.. Ambas subiram face ao trimestre anterior (1,2 p.p. e 1,9 p.p respetivamente).
No ano de 2011, em média, a população desempregada foi estimada em 706,1 mil pessoas e a taxa de desemprego foi de 12,7%.

4.População inativa

A população inativa com 15 e mais anos aumentou 1,2%, face ao trimestre anterior, abrangendo 42,8 mil pessoas, no 4º trimestre de 2011. A taxa de inatividade (15 e mais anos) fixou-se nos 39,1% (0,4 p.p. acima do valor observado no trimestre anterior). A taxa de inatividade das mulheres (45,2%) excedeu a dos homens (32,6%) em 12,6 p.p. A taxa de inatividade das mulheres aumentou 0,2 p.p. e a dos homens aumentou 0,8 p.p., face ao trimestre anterior. No ano de 2011, em média, a taxa de inatividade (15 e mais anos) situou-se em 38,7%.

6. Taxas de desemprego por região NUTS II

No 4º trimestre de 2011, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas nas regiões do Algarve (17,5%), Autónoma dos Açores (15,1%), Lisboa (14,7%) e Norte (14,1%). Os valores mais baixos foram observados no Centro (12,6%), no Alentejo (13,1%) e na Região Autónoma da Madeira (13,5%).
Valor trimestral
A taxa de desemprego aumentou em todas as regiões, com exceção da Região Autónoma da Madeira, face ao trimestre anterior, e à semelhança do sucedido globalmente para Portugal. Os maiores acréscimos ocorreram no Algarve (4,2 p.p.), na Região Autónoma dos Açores (3,5 p.p.) e no Centro (3,2 p.p.). No ano de 2011, em termos médios anuais, as maiores taxas de desemprego foram observadas no Algarve (15,6%), em Lisboa (14,1%), na Região Autónoma da Madeira (13,8%) e no Norte (13,0%). As menores taxas foram observadas no Centro (10,3%, na Região Autónoma dos Açores (11,5%) e no Alentejo (12,4%
)" (fonte: INE)

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