quinta-feira, março 01, 2012

Estado emprestou 204 milhões de euros à Estradas de Portugal em Janeiro...

Segundo as jornalistas do Publico, Ana Rita Faria, Raquel Almeida Correia, “a espesa com ativos financeiros atingiu 221,4 milhões no início do ano, sobretudo devido aos empréstimos à Estradas de Portugal. De acordo com o último relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), o Governo apresentou em Janeiro uma despesa com acivos financeiros de 221,4 milhões de euros, mas a maior parte do esforço financeiro do Estado deveu-se à concessão de empréstimos de médio e longo prazo à Estradas de Portugal. Segundo os especialistas do Parlamento responsáveis pelo acompanhamento da execução orçamental, esta empresa pública reclassificada pediu 204 milhões ao Estado em Janeiro e terá amortizado 147 milhões de euros de empréstimos bancários. Este apoio público insere-se no âmbito da substituição de empréstimos bancários por financiamento do Estado, que está prevista no Orçamento do Estado (OE) deste ano. De acordo com o OE, a Estradas de Portugal irá receber do Estado 912,1 milhões de euros em empréstimos de médio e longo prazo em 2012. A isso juntam-se 1623,4 milhões de euros em empréstimos que serão feitos às três empresas públicas de transportes que entraram no perímetro de consolidação das administrações públicas no ano passado: Refer, Metro de Lisboa e Metro do Porto. O Estado tem vindo a substituir-se à banca na concessão de empréstimos a estas entidades, liquidando créditos junto das instituições financeiras. Foi, aliás, esta medida que provocou uma escalada sem precedentes nos empréstimos do Tesouro concedidos em 2011, que aumentaram 7387% face ao ano anterior, alcançando 5,7 mil milhões de euros. Estas operações ganharam especial impulso a partir de Setembro, sendo que, nessa altura, a Estradas de Portugal foi uma das empresas responsáveis pelo disparar destes créditos, ocupando o segundo lugar na lista de maiores devedores, com uma dívida acumulada de 1,8 mil milhões de euros até Dezembro. Em primeiro surge a Refer, com dois mil milhões de euros, tendo recebido 1,5 mil milhões no último trimestre de 2011".

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