Segundo as jornalistas do Publico, Ana Rita Faria, Raquel Almeida Correia, “a espesa com ativos financeiros atingiu 221,4 milhões no início do ano, sobretudo devido aos empréstimos à Estradas de Portugal. De acordo com o último relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), o Governo apresentou em Janeiro uma despesa com acivos financeiros de 221,4 milhões de euros, mas a maior parte do esforço financeiro do Estado deveu-se à concessão de empréstimos de médio e longo prazo à Estradas de Portugal. Segundo os especialistas do Parlamento responsáveis pelo acompanhamento da execução orçamental, esta empresa pública reclassificada pediu 204 milhões ao Estado em Janeiro e terá amortizado 147 milhões de euros de empréstimos bancários. Este apoio público insere-se no âmbito da substituição de empréstimos bancários por financiamento do Estado, que está prevista no Orçamento do Estado (OE) deste ano. De acordo com o OE, a Estradas de Portugal irá receber do Estado 912,1 milhões de euros em empréstimos de médio e longo prazo em 2012. A isso juntam-se 1623,4 milhões de euros em empréstimos que serão feitos às três empresas públicas de transportes que entraram no perímetro de consolidação das administrações públicas no ano passado: Refer, Metro de Lisboa e Metro do Porto. O Estado tem vindo a substituir-se à banca na concessão de empréstimos a estas entidades, liquidando créditos junto das instituições financeiras. Foi, aliás, esta medida que provocou uma escalada sem precedentes nos empréstimos do Tesouro concedidos em 2011, que aumentaram 7387% face ao ano anterior, alcançando 5,7 mil milhões de euros. Estas operações ganharam especial impulso a partir de Setembro, sendo que, nessa altura, a Estradas de Portugal foi uma das empresas responsáveis pelo disparar destes créditos, ocupando o segundo lugar na lista de maiores devedores, com uma dívida acumulada de 1,8 mil milhões de euros até Dezembro. Em primeiro surge a Refer, com dois mil milhões de euros, tendo recebido 1,5 mil milhões no último trimestre de 2011".
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