Segundo o DN de Lisboa, num texto do jornalista Carlos Diogo Santos, "Stefano Saviotti inaugurou o primeiro hotel Dom Pedro na Madeira em 1978, pouco tempo depois de o seu pai ter ficado encantado com a beleza da baía de Machico. A unidade mais conhecida do grupo Dom Pedro é a das Amoreiras. Não é o hotel mais antigo, mas o facto de estar na capital e de já ter sido durante alguns dias a residência do presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton, de Sílvio Berlusconi e de Vladimir Putin faz que o Dom Pedro Palace já tenha percorrido o mundo. Construído em 1998, o edifício envidraçado, que não passa despercebido a quem chega àquele ponto nobre de Lisboa vindo do Marquês de Pombal, é apenas um dos oito hotéis da grande cadeia hoteleira Dom Pedro: além deste, existem quatro hotéis no Algarve, dois na ilha da Madeira e um "irmão caçula" no Ceará, Brasil. A história desta cadeia hoteleira remonta a meados do século passado, quando Pietro Saviotti, um turista italiano, chegou à ilha da Madeira e se apaixonou pela beleza da baía de Machico. A intenção de abrir um hotel naquela região foi mais tarde concretizada pelo seu filho, Stefano Saviotti, que veio unicamente com esse propósito para Portugal. Em 1978, nascia assim o primeiro hotel, o Dom Pedro Baía. O que faz que ainda hoje a sede do grupo seja na Madeira. Pedro Ribeiro, actual director comercial do grupo, justifica o sucesso deste gigante hoteleiro, com o facto de um dos maiores objectivos do Dom Pedro ser, desde sempre, a inovação com qualidade: "Nesse sentido, fomos os primeiros a ter pacotes com tudo incluído na Madeira e no Algarve, fomos os primeiros a ter acordos de golfe e os primeiros com meia pensão buffet." O responsável sublinha que por isso "o grau de satisfação dos clientes do Dom Pedro é de 97 por cento". E, a julgar pelas instalações do hotel lisboeta, é fácil perceber a aprovação dos visitantes. Considerado o centro operacional do grupo, o Dom Pedro Palace é a unidade com maior volume de negócios. Mais alto que os grandes edifícios das Amoreiras, a unidade proporciona aos visitantes uma paisagem de 360 graus sobre Lisboa. A entrada para o 21.º andar, onde está - fechada na maior parte do ano - a suíte presidencial, é feita através de um elevador independente e com uma chave própria. Quando as portas se abrem, os visitantes são recebidos por um enorme espelho. Mais à frente, numa luxuosa sala, a televisão só pode ter um papel secundário. Isto porque a maioria das paredes é rasgada por enormes janelas, que nada mais são que telas em constante movimento. Desde o Monsanto a Campolide, sem esquecer Belém e o Marquês, é possível saber, em tempo real, o que se passa em cada ponto da cidade. No quarto principal, onde terão dormido os três ilustres visitantes, a decoração é sóbria e pouco colorida. A contrastar, na parede do fundo da cama, há uma porta de vidro para um terraço de onde se vê o simpático casario da capital. Naquela que foi uma das poucas visitas da comunicação social à suíte especial, e enquanto apontava para alguns pontos da cidade, Pedro Ribeiro fez questão de lembrar que só com elevada qualidade é que "este edifício pôde já ser, por algumas horas, a Casa Branca em Lisboa". A expansão ao Brasil aconteceu em 2008, e é a mais recente aposta deste grupo, que criou uma espécie de Veneza tropical no Ceará. O Dom Pedro Laguna é o maior empreendimento turístico do Brasil de padrão internacional, numa área total de 300 hectares, com 58 hectares de área de protecção ambiental e 1800 metros de frente mar. Mas ainda que este seja um grupo de sucesso, o responsável comercial salienta que, "como todas as empresas com 40 anos", o grupo Dom Pedro também já passou por alguns períodos críticos: "No caso do Algarve, não estamos a passar por um excelente momento, mas o nosso posicionamento no mercado permite-nos dar a volta por cima."
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