quinta-feira, setembro 01, 2011

Eleições: comportamento indigno e vergonhoso da CNE

Basta ler este comunicado do director do Jornal da Madeira, jornalista Henrique Correia, para se perceber o comportamento vergonhoso e indigno da Comissão Nacional de Eleições pese o mediatismo idiota do porta-voz da Comissão, Nuno Godinho, advogado (como é que se tolera isto?!!! Incompatibilidades só para os políticos?!) do socialista Armando Vara, um dos mais conhecidos personagens acusados de envolvimento no processo de corrupção Face Oculta:

"Desde ontem, que os meios de comunicação social estão a divulgar uma notícia no sentido de que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) deliberou intimar a Direcção deste Jornal a respeitar o pluralismo editorial, sob pena de, se não alterar esse comportamento, cometer crime de desobediência.Quanto a esta matéria, o Director do Jornal da Madeira (JM) tem a comunicar o seguinte:1º Até ao fecho desta edição a Empresa Jornal da Madeira não havia sido ainda notificada de qualquer deliberação tomada pela CNE neste ou noutro qualquer sentido, desconhecendo por isso o conteúdo de tal hipotética decisão. 2º Fazendo fé nesta notícia, a Direcção do JM lamenta tomar conhecimento, por terceiros, da existência de uma deliberação que lhe diz respeito (jornais e restantes meios de comunicação social) e não, pela forma processualmente correcta e que se impunha, ou seja, via notificação JM pela CNE.3º De resto, note-se, que ontem e anteontem, nem no site oficial da CNE constava qualquer referência à existência desta deliberação, meio que seria expectável usar-se, querendo a CNE tornar pública esta informação, até porque, no dito site, existe uma secção específica dedicada aos seus comunicados. 4º Estranha-se, por isso, desde logo, a forma como se divulgou publicamente a existência de uma deliberação da CNE, mais a mais quando o JM está ainda em prazo para produzir prova em sua defesa.5º Acresce que, a forma utilizada para divulgar este tipo de notícia, em pleno período de campanha eleitoral, dá também azo a aproveitamentos políticos indesejáveis, que a CNE deveria ser a primeira a acautelar e a evitar.6º Já para não falar das queixas modelo tipo que têm chegado às dezenas à CNE, sempre com idêntico conteúdo, variando, apenas, as menções às edições do JM e que claramente constituem exercício de pressão de algumas forças político partidárias que têm por intuito denegrir a imagem do JM perante a opinião pública.7º A Direcção do JM não efectua qualquer tratamento discriminatório de qualquer partido político, limitando-se a respeitar o seu estatuto editorial e a publicar os artigos de opinião, sem censuras e restrições de expressão, de natureza diversa e da autoria dos seus colaboradores de sempre (quer em período ou não de campanha eleitoral) e de longa data.8º A Direcção do JM aguarda, assim, que a CNE proceda à notificação da dita deliberação para poder dizer de sua justiça, desejando que até lá não se faça maior aproveitamento político"

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