Segundo o Jornal de Notícias, "a União Europeia não tem "sobre a mesa" nenhum plano de ajuda à Espanha, Itália e Chipre, garantiu esta terça-feira a Comissão Europeia, referindo-se aos três países da zona euro mais pressionados pelos mercados e agências de 'rating'. "Um plano de resgate não está seguramente sobre a mesa, não é uma questão que está a ser discutida", afirmou Chantal Hugues, porta-voz do comissário europeu dos mercados financeiros, Michel Barnier. A porta-voz respondia a uma pergunta sobre planos de resgates que estariam a ser discutidos na União Europeia para Espanha, Itália e Chipre. A dívida soberana espanhola esteve hoje sobre pressão no mercado secundário, tendo o 'spread' dos títulos espanhóis a 10 anos face aos títulos alemães (referencial para a Europa) superado durante cerca de 30 minutos os 400 pontos base, o máximo desde a entrada do país na zona euro, em 1999. Segundo o jornal espanhol El País, "para encontrar um nível de risco superior a 400 pontos base é preciso recuar a finais de 1995", num período em que Espanha ainda recuperava da crise de inícios dos anos de 1990. Em Itália, os juros da dívida soberana também estavam a subir esta manhã nos principais prazos, numa altura em que o nome de Chipre também começa a surgir como economia potencialmente vulnerável, depois de o 'rating' do país ter sido cortado a semana passada pelas agências de notação Moody's e Standard & Poors. Segundo a Comissão Europeia, a Espanha e a Itália estão a "tomar as medidas necessárias para colocar as suas economias no caminho certo", disse a porta-voz da instituição, pelo que o órgão executivo da UE afirmou estar "muito confiante" de que terão sucesso. A UE também acredita que o Chipre vai cumprir as suas metas de redução do défice, acrescentou Chantal Hugues. O défice orçamental do Chipre situou-se nos 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre, um aumento face aos 1,9 por cento registados no mesmo período de 2010, adiantou na segunda-feira o Ministério das Finanças do país”.
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