sábado, agosto 06, 2011

Açores vão continuar a contratar médicos estrangeiros

Garante o Correio dos Açores que "o Secretário Regional da Saúde visitou a unidade de saúde de S. José, do Centro de Saúde de Ponta Delgada, para se inteirar da actividade dos médicos colombianos recentemente contratados. Durante cerca de um mês, os oito médicos vindos da Colômbia tiveram oportunidade de conhecer o funcionamento das unidades de saúde nas suas várias facetas e agora iniciaram as consultas de forma autónoma. Miguel Correia disse que “a avaliação é bastante positiva” e um utente que ontem teve consulta com um desses médicos confirmou que tinha sido bem atendido. O Secretário Regional da Saúde disse também que, independentemente de uma nova avaliação que possa vir a fazer-se dentro de alguns meses, para já, os resultados são positivos e servem o propósito do Governo Regional que é “facultar um médico de família a quem não tem”. Miguel Correia disse que é intenção do Governo continuar a contratar médicos estrangeiros, porque ainda faltam cerca de 22 médicos de família em Ponta Delgada, Ribeira Grande e Angra do Heroísmo e, apesar do esforço de formação, os novos médicos não serão suficientes para suprir as necessidades que surgirão com as aposentações que se esperam nos próximos anos. Se não se recorrer a médicos de outros países, em 2020 continuarão a faltar os mesmos 22 médicos nos Açores. Outra solução está, neste momento, em cima da mesa das negociações do Acordo Colectivo de Trabalho que é criar um incentivo destinado aos médicos de Medicina Geral e Familiar para alargarem as listas de utentes. Esse incentivo passará por um suplemento remuneratório indexado ao número de utentes, para além da sua lista normal. Relativamente às questões que têm surgido na imprensa sobre a competência dos médicos estrangeiros agora contratados, o Secretário Regional da Saúde voltou a lembrar que foram avaliados por professores da Universidade do Porto, ainda na Colômbia, e depois fizeram um exame à Ordem dos Médicos em Portugal e obtiveram a respectiva autorização para exercerem. Miguel Correia disse que o importante é dar um médico a quem precisa, seja um idoso, um adulto, uma criança ou uma grávida. “É melhor o acompanhamento por um médico, neste caso estrangeiro, mas que domina completamente o português, do que não ter acompanhamento nenhum”, acrescentou. Foi dada liberdade aos Centros de Saúde para, se o entenderem, darem prioritariamente a estes novos médicos a tarefa de acompanharem a saúde do adulto, que representa cerca de 80 % das consultas. O que não invalida que, até ao final do ano, essa actividade seja alargada a todos os utentes”.

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