"É evidente que a Região Autónoma da Madeira tem no seu Clima, uma das poucas mais-valias de que dispõe, num território tão parco de riquezas.
Compreende-se a sua importância decisiva, nomeadamente quando entendemos que o nosso Desenvolvimento Integral futuro passa pelo sucesso do Sector Terciário, quer nomeadamente Turismo, quer pela nossa afirmação crescente e rentável como polo de Qualidade na prestação de Serviços Internacionais – o que é contrariado hoje por um colonialismo que teme as consequências de um desenvolvimento muito superior da Madeira em relação ao Continente – e ainda como um arquipélago atractivo à fixação de pessoas, para efeitos de residência permanente ou temporária, tenham ou não o estatuto de Reformados, ou sejam Quadros que, mercê da utilização das Novas Tecnologias, a partir de cá possam exercer as respectivas actividades profissionais.
E, a par do Clima, mas dependendo da evolução Deste, temos também as mais-valias da Paisagem e as riquezas das especificidades na fauna e na flora, terrestre ou marítimas.
Isto implica qualquer Política ter presente, em todos os planeamentos, a questão das alterações climáticas que se virão a desenvolver.
É importante um Trabalho de várias equipas pluridisciplinares e desenvolvido no âmbito da iniciativa INTER-GIIIB da União Europeia, sob a égide do Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, e do então Director Regional do Ambiente, Professor Doutor António Domingos Abreu.
Estudado o seu conteúdo, dele importa ter presente para o desenvolvimento das políticas futuras, alguns aspectos que o Partido Social Democrata da Madeira deve reputar fundamentais.
De facto, o clima médio do arquipélago “teve um aquecimento progressivo ao longo do último século, em fase com o aquecimento global, mas a uma taxa francamente mais elevada”.
O que faz aumentar o número de dias de verão e de noites tropicais. Mas sendo a tipicidade, clima mediterrânico, nas chuvas verifica-se uma forte variabilidade interanual, com anos secos e com anos húmidos.
A quantidade média de água disponível na ilha da Madeira, pode ser considerada elevada – o que será um valor futuro cada vez mais acrescentado perante o avanço mundial, anual e preocupante, das áreas secas – mas é dependente das chuvas nas altitudes, nos anos de maior precipitação. Havendo que contar, até o final deste século XXI, com a descida da precipitação média actual, em um terço.
Quanto ao Porto Santo, a escassez crónica de água tem de continuar a ser encarada através dos meios actuais, enquanto não surgirem outras soluções técnicas ainda por descobrir e a custos compatíveis.
Ora, para além da esperada relativa elevação do nível do mar poder potenciar um certo aumento de risco de intrusão salina nas disponibilidades hídricas, nas próximas décadas e para garantir o rendimento crescente das actividades agrícolas, nos termos de qualidade que são contraponto ao seu reduzido peso no PIB da Região, a política social-democrata deverá manter um reforço regular das infra-estruturas destinadas à rega.
Apesar do 20 de Fevereiro e do ano pluvioso de 2010, as tendências até o final do século são de atenuação dos seus riscos.
Mas, em matéria de recursos hídricos, uma evidência política se nos impõe: maior rigor e racionalidade na sua gestão, bem como capacidade de adaptação e de evolução dos sistemas existentes.
Há que contar que a previsão da evolução climática no arquipélago, indicia uma tendência para impactos positivos na Agricultura, “uma vez que o aumento da temperatura possibilita a expansão da área agrícola em altitude, podendo proporcionar aumentos de produtividade no caso da banana e da batata Outono-Inverno”. Na vinha manifestar-se-á a tendência para aumento na graduação alcoólica, em particular em zonas actualmente com temperaturas mais baixas.
Isto é, para além do já preconizado quanto às infra-estruturas hídricas, bem como uma atenção governativa ao mercado em termos de redução dos custos de produção, os Serviços Públicos de apoio à Agricultura terão de prever situações de relocalização de culturas, de reajustamento das respectivas datas e de uma cada vez maior e mais rigorosa selecção e melhoramento das variedades a produzir.
Há que ter também em conta, o facto de, dentro de dezenas de anos, as alterações climáticas provocarem alterações na biodiversidade do arquipélago, com impacto negativo mais forte nos “habitats” de altitude, podendo levar mesmo, nalguns poucos casos, à extinção de espécies de flora e de fauna.
Porém, os Estudos que aqui nos servem de base, apontam para repercussão positiva na Laurissilva, nossa mais importante referência em termos de Património da Humanidade: “as associações vegetais que a compõem terão tendência a se estabelecer nas áreas anteriormente ocupadas com vegetação de altitude”.
Quanto à Floresta, que cobre à volta de dois terços do território da Região Autónoma, as alterações climáticas previstas são favoráveis à sua ainda maior extensão.
Aqui, a grande preocupação, para além das reflorestações em curso, deverá assentar sobretudo no combate aos fogos florestais, inclusive através de legislação penal mais severa, e na disponibilidade de todos os meios lhe adequados e possíveis, financeiramente e de acordo com a nossa orografia e ainda na atenção científica e/ou operacional ante pragas ou doenças.
Porém, face às previsões sobre as alterações climáticas, em termos de Energia os meios científicos concluem não constituir preocupação relevante, “face à continuada evolução tecnológica do sector energético”.
A evolução política regional, neste quadro de alterações climáticas previstas, terá, sim, que aparelhar uma certa prevenção do sector Saúde para as consequências eventuais de ozono mais elevado, particularmente nas vias respiratórias, bem como atenção para algum desenvolvimento de mosquitos e parasitas, porventura atraídos pela pequena subida média de temperatura até o final deste século XXI" (texto da moção de Alberto João Jardim ao XIII Congresso Regional do PSD-Madeira a ter lugar em Abril no Funchal)
Compreende-se a sua importância decisiva, nomeadamente quando entendemos que o nosso Desenvolvimento Integral futuro passa pelo sucesso do Sector Terciário, quer nomeadamente Turismo, quer pela nossa afirmação crescente e rentável como polo de Qualidade na prestação de Serviços Internacionais – o que é contrariado hoje por um colonialismo que teme as consequências de um desenvolvimento muito superior da Madeira em relação ao Continente – e ainda como um arquipélago atractivo à fixação de pessoas, para efeitos de residência permanente ou temporária, tenham ou não o estatuto de Reformados, ou sejam Quadros que, mercê da utilização das Novas Tecnologias, a partir de cá possam exercer as respectivas actividades profissionais.
E, a par do Clima, mas dependendo da evolução Deste, temos também as mais-valias da Paisagem e as riquezas das especificidades na fauna e na flora, terrestre ou marítimas.
Isto implica qualquer Política ter presente, em todos os planeamentos, a questão das alterações climáticas que se virão a desenvolver.
É importante um Trabalho de várias equipas pluridisciplinares e desenvolvido no âmbito da iniciativa INTER-GIIIB da União Europeia, sob a égide do Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, e do então Director Regional do Ambiente, Professor Doutor António Domingos Abreu.
Estudado o seu conteúdo, dele importa ter presente para o desenvolvimento das políticas futuras, alguns aspectos que o Partido Social Democrata da Madeira deve reputar fundamentais.
De facto, o clima médio do arquipélago “teve um aquecimento progressivo ao longo do último século, em fase com o aquecimento global, mas a uma taxa francamente mais elevada”.
O que faz aumentar o número de dias de verão e de noites tropicais. Mas sendo a tipicidade, clima mediterrânico, nas chuvas verifica-se uma forte variabilidade interanual, com anos secos e com anos húmidos.
A quantidade média de água disponível na ilha da Madeira, pode ser considerada elevada – o que será um valor futuro cada vez mais acrescentado perante o avanço mundial, anual e preocupante, das áreas secas – mas é dependente das chuvas nas altitudes, nos anos de maior precipitação. Havendo que contar, até o final deste século XXI, com a descida da precipitação média actual, em um terço.
Quanto ao Porto Santo, a escassez crónica de água tem de continuar a ser encarada através dos meios actuais, enquanto não surgirem outras soluções técnicas ainda por descobrir e a custos compatíveis.
Ora, para além da esperada relativa elevação do nível do mar poder potenciar um certo aumento de risco de intrusão salina nas disponibilidades hídricas, nas próximas décadas e para garantir o rendimento crescente das actividades agrícolas, nos termos de qualidade que são contraponto ao seu reduzido peso no PIB da Região, a política social-democrata deverá manter um reforço regular das infra-estruturas destinadas à rega.
Apesar do 20 de Fevereiro e do ano pluvioso de 2010, as tendências até o final do século são de atenuação dos seus riscos.
Mas, em matéria de recursos hídricos, uma evidência política se nos impõe: maior rigor e racionalidade na sua gestão, bem como capacidade de adaptação e de evolução dos sistemas existentes.
Há que contar que a previsão da evolução climática no arquipélago, indicia uma tendência para impactos positivos na Agricultura, “uma vez que o aumento da temperatura possibilita a expansão da área agrícola em altitude, podendo proporcionar aumentos de produtividade no caso da banana e da batata Outono-Inverno”. Na vinha manifestar-se-á a tendência para aumento na graduação alcoólica, em particular em zonas actualmente com temperaturas mais baixas.
Isto é, para além do já preconizado quanto às infra-estruturas hídricas, bem como uma atenção governativa ao mercado em termos de redução dos custos de produção, os Serviços Públicos de apoio à Agricultura terão de prever situações de relocalização de culturas, de reajustamento das respectivas datas e de uma cada vez maior e mais rigorosa selecção e melhoramento das variedades a produzir.
Há que ter também em conta, o facto de, dentro de dezenas de anos, as alterações climáticas provocarem alterações na biodiversidade do arquipélago, com impacto negativo mais forte nos “habitats” de altitude, podendo levar mesmo, nalguns poucos casos, à extinção de espécies de flora e de fauna.
Porém, os Estudos que aqui nos servem de base, apontam para repercussão positiva na Laurissilva, nossa mais importante referência em termos de Património da Humanidade: “as associações vegetais que a compõem terão tendência a se estabelecer nas áreas anteriormente ocupadas com vegetação de altitude”.
Quanto à Floresta, que cobre à volta de dois terços do território da Região Autónoma, as alterações climáticas previstas são favoráveis à sua ainda maior extensão.
Aqui, a grande preocupação, para além das reflorestações em curso, deverá assentar sobretudo no combate aos fogos florestais, inclusive através de legislação penal mais severa, e na disponibilidade de todos os meios lhe adequados e possíveis, financeiramente e de acordo com a nossa orografia e ainda na atenção científica e/ou operacional ante pragas ou doenças.
Porém, face às previsões sobre as alterações climáticas, em termos de Energia os meios científicos concluem não constituir preocupação relevante, “face à continuada evolução tecnológica do sector energético”.
A evolução política regional, neste quadro de alterações climáticas previstas, terá, sim, que aparelhar uma certa prevenção do sector Saúde para as consequências eventuais de ozono mais elevado, particularmente nas vias respiratórias, bem como atenção para algum desenvolvimento de mosquitos e parasitas, porventura atraídos pela pequena subida média de temperatura até o final deste século XXI" (texto da moção de Alberto João Jardim ao XIII Congresso Regional do PSD-Madeira a ter lugar em Abril no Funchal)
Sem comentários:
Enviar um comentário