Diz a SIC que "na sequência das revoltas na Tunísia e no Egipto têm sido lançados nas últimas semanas na rede social Facebook apelos para a realização na quinta-feira de uma manifestação contra a corrupção e o nepotismo na Líbia.Sob a palavra de ordem "Revolta de 17 de fevereiro de 2011: para fazer um dia de ira na Líbia", um grupo do Facebook, que apela a uma revolta contra o regime de Muammar Kadhafi, reuniu até hoje mais de 4.400 membros. Um outro grupo, com mais de 2.600 elementos, convida o povo líbio a sair à rua por "um dia de ira contra a corrupção e o nepotismo", assinalando o aniversário da morte de pelo menos 14 manifestantes em Benghazi (nordeste) a 17 de fevereiro de 2006. Na altura, pelo menos 14 pessoas morreram e 69 ficaram feridas em confrontos com as forças de segurança líbias. Os manifestantes atacaram o consulado de Itália para protestar contra a publicação de caricaturas de Maomé. Por outro lado, numa petição recebida pela agência noticiosa francesa AFP, mais de 200 signatários e organizações da oposição líbia com sede no estrangeiro sublinham "o direito do povo líbio a exprimir a sua opinião em manifestações pacíficas, sem qualquer forma de bloqueio, provocações ou ameaças". Apelam ainda ao coronel Kadhafi e à sua família para abandonarem todas as autoridades e os poderes "revolucionário, político, militar e de segurança". Cercado por duas revoluções populares na Tunísia e no Egipto, que obrigaram os respetivos presidentes a deixarem o poder, o regime líbio tentou tomar medidas preventivas para acalmar a população. Foram restabelecidos os subsídios aos bens de primeira necessidade e facilitado o acesso da população a empréstimos sem garantias e sem juros. Domingo à noite, à margem de um sermão do coronel Kadhafi por ocasião da Festa do Mawlid - que celebra o nascimento do profeta Maomé - foi dada a palavra a um representante das famílias dos mártires de Benghazi para renovar a sua lealdade e fidelidade ao guia da revolução líbia de 1969".
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