Ontem ouvi no programa desportivo da RTP/Madeira, “Prolongamento” uma entrevista com o Presidente da Associação Desportiva da Camacha, o médico Celso Almeida que para além dos projectos inovadores – quanto ao verdadeiro enquadramento social das colectividades e à utilização de jogadores naturais da Madeira – deu a conhecer a existência de um processo judicial movido pelo Marítimo contra aquela colectividade. Confesso que não sabia disso e fiquei naturalmente estupefacto. O que é que o Presidente do Marítimo espera para desistir imediatamente dessa porcaria e resolver, como gente civilizada, pelo diálogo e pelo entendimento, o que levado ao extremo dos tribunais só envergonha quem assim se comporta? Acabe imediatamente com essa asneirada. Preocupe-se com o processo que o Porto lhe moveu e que pode muito bem trazer dissabores. O tempo do vale tudo e da imunidade aplica-se a alguns energúmenos que por aí andam. Não a pessoas sérias e que querem ser levadas a sério. Não conheço o Presidente da Camacha, pelo que não se trata sequer de uma “encomenda” nem ousariam sequer admiti-lo. Este alegado processo judicial é uma vergonha para oi futebol regional e para a Região e demonstra que ou alguém coloca rapidamente um travão a isto ou vamos cair na fossa da mediocridade. Acho que o futebol regional tem tantas vergonhas, sofre da falta de coragem para serem tomadas medidas drásticas, é um triste e lamentável embuste, devido ao facto das principais equipas regionais utilizarem jogadores forasteiros – há mesmo uma delas que já entrou em campo, nalguns jogos, sem jogadores portugueses!!! – que realmente só nos faltavam situações destas. E, já agora, acabem lá com a perseguição aos jornalistas, como se o recurso a métodos primários, diria mesmo dinossáurios de manifestação de descontentamento, fosse a solução para contendas que devem ser superadas por outra via. Basta.
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