Esceve o Sol que "o movimento Ruptura/FER vai avançar com uma moção à Convenção do BE, alternativa à da actual direcção, avançou Gil Garcia, membro desta organização política que representa uma corrente minoritária dentro do partido. «O apoio da direcção do BE a Manuel Alegre dividiu muito as águas dentro do partido», afirmou Gil Garcia, adiantando que há elementos da Mesa Nacional, de correntes contrárias à direcção do BE, que já decidiram abandonar aquele órgão e não formar ou integrar nenhuma lista à próxima Convenção, marcada pela Mesa Nacional para 14 e 15 de Maio. João Delgado e Isabel Faria, ambos eleitos na Convenção de 2009 pela moção Luta Socialista, também de Gil Garcia, são duas das faces mais visíveis deste descontentamento. O primeiro, candidato do BE por Braga nas últimas autárquicas, tornou pública a decisão de abandonar o partido após as eleições presidenciais, no seguimento da longa discordância relativamente ao apoio a Manuel Alegre. Já Isabel Faria disse à agência que a reunião de sábado foi a sua última na Mesa Nacional e que não integrará nenhuma lista na próxima Convenção, estando a «ponderar» sobre a possibilidade de deixar o BE. «Vou fazer depender a continuação no BE do que se passar na Convenção. Na minha opinião, o BE cometeu um erro enorme no apoio a Manuel Alegre e continua a reiterar o erro quando não assume a derrota que foram as eleições presidenciais», afirmou, notando que «as sondagens mostram que dois terços dos eleitores do BE não foram sequer votar». A militante do BE antevê mesmo que na reunião magna do BE estejam em debate apenas duas moções - no congresso de 2009 houve três -, uma da actual direcção e outra subscrita apenas por elementos da Ruptura/FER, sem quaisquer elementos independentes, posição subscrita por Gil Garcia. Gil Garcia adiantou que a moção que vai apresentar à Convenção proporá «uma nova aliança à esquerda», que privilegie um «acordo de incidência governamental» e não «apenas parlamentar» com o PCP e que reúna independentes e socialistas descontentes. Este membro da Mesa Nacional do BE acusa a liderança de Francisco Louçã de estar «à espera» de uma «suposta ala esquerda» do PS. «O BE devia orientar-se para a unidade à esquerda com os que se opõem à política neoliberal, procurar acordos com o PCP, que já existem em votações parlamentares mas não num plano político estruturado, o que dificulta que se construa um governo alternativo de esquerda. Esta separação entre o BE e o PCP é prejudicial», advogou. As moções para a Convenção do BE têm de ser entregues à Comissão Organizadora do Congresso (COC) até 27 de Março. A actual direcção do BE também já está a trabalhar na sua moção e os elementos da comissão política vão realizar várias sessões com militantes por todo o país, no sentido de reunir contributos para o documento final"sábado, fevereiro 12, 2011
Bloco de Esquerda: liderança de Louça contestada!
Esceve o Sol que "o movimento Ruptura/FER vai avançar com uma moção à Convenção do BE, alternativa à da actual direcção, avançou Gil Garcia, membro desta organização política que representa uma corrente minoritária dentro do partido. «O apoio da direcção do BE a Manuel Alegre dividiu muito as águas dentro do partido», afirmou Gil Garcia, adiantando que há elementos da Mesa Nacional, de correntes contrárias à direcção do BE, que já decidiram abandonar aquele órgão e não formar ou integrar nenhuma lista à próxima Convenção, marcada pela Mesa Nacional para 14 e 15 de Maio. João Delgado e Isabel Faria, ambos eleitos na Convenção de 2009 pela moção Luta Socialista, também de Gil Garcia, são duas das faces mais visíveis deste descontentamento. O primeiro, candidato do BE por Braga nas últimas autárquicas, tornou pública a decisão de abandonar o partido após as eleições presidenciais, no seguimento da longa discordância relativamente ao apoio a Manuel Alegre. Já Isabel Faria disse à agência que a reunião de sábado foi a sua última na Mesa Nacional e que não integrará nenhuma lista na próxima Convenção, estando a «ponderar» sobre a possibilidade de deixar o BE. «Vou fazer depender a continuação no BE do que se passar na Convenção. Na minha opinião, o BE cometeu um erro enorme no apoio a Manuel Alegre e continua a reiterar o erro quando não assume a derrota que foram as eleições presidenciais», afirmou, notando que «as sondagens mostram que dois terços dos eleitores do BE não foram sequer votar». A militante do BE antevê mesmo que na reunião magna do BE estejam em debate apenas duas moções - no congresso de 2009 houve três -, uma da actual direcção e outra subscrita apenas por elementos da Ruptura/FER, sem quaisquer elementos independentes, posição subscrita por Gil Garcia. Gil Garcia adiantou que a moção que vai apresentar à Convenção proporá «uma nova aliança à esquerda», que privilegie um «acordo de incidência governamental» e não «apenas parlamentar» com o PCP e que reúna independentes e socialistas descontentes. Este membro da Mesa Nacional do BE acusa a liderança de Francisco Louçã de estar «à espera» de uma «suposta ala esquerda» do PS. «O BE devia orientar-se para a unidade à esquerda com os que se opõem à política neoliberal, procurar acordos com o PCP, que já existem em votações parlamentares mas não num plano político estruturado, o que dificulta que se construa um governo alternativo de esquerda. Esta separação entre o BE e o PCP é prejudicial», advogou. As moções para a Convenção do BE têm de ser entregues à Comissão Organizadora do Congresso (COC) até 27 de Março. A actual direcção do BE também já está a trabalhar na sua moção e os elementos da comissão política vão realizar várias sessões com militantes por todo o país, no sentido de reunir contributos para o documento final"
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