Segundo a jornalista da Agência Financeira/TVI, Paula Gonçalves Martins, "os bancos estão a fechar cada vez mais a torneira do crédito. Estão mais exigentes na hora de aprovar um empréstimo, seja à habitação ou ao consumo, e não escondem que a tendência é para continuar. Resultado: os spreads têm estado a aumentar e podem subir ainda mais. De acordo com o inquérito do Banco de Portugal ao sector financeiro, as razões da banca prendem-se com as maiores dificuldades de financiamento que os bancos enfrentam e com a deterioração nas expectativas económicas. «Na análise dos factores que mais contribuíram para o aumento da restritividade da política de concessão de crédito, tanto a empresas como a particulares, destaca-se a importância dada à deterioração das expectativas quanto à actividade económica em geral. Em segundo lugar, foi reportada a deterioração das condições de financiamento e restrições de balanço, bem como da posição de liquidez dos bancos. A adopção de critérios mais restritivos ter-se-á traduzido, sobretudo, em spreads mais elevados, tanto nos empréstimos de médio como de alto risco e, pontualmente, no aumento da exigência de outras condições contratuais», pode ler-se no relatório
Pessimismo sobre economia e habitação deprimem crédito
Os particulares pediram menos crédito aos bancos no último trimestre de 2010. A quebra da confiança dos consumidores (no caso da habitação e consumo), a deterioração das expectativas para o mercado da habitação e a retracção das despesas em bens duradouros (consumo) foram os factores que justificaram a quebra.Embora o aperto na concessão de crédito por parte dos bancos a particulares tenha sido mais ligeiro, a maior restritividade no crédito à habitação traduziu-se, sobretudo, num aumento dos spreads praticados, tanto nos empréstimos de risco médio como nos empréstimos de risco elevado. Algumas instituições tornaram-se ainda mais exigentes relativamente ao tipo de garantias que aceitam, e baixaram o rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia. As maturidades contratadas também sofreram cortes e as comissões e outros encargos não relacionados com a taxa de juro estão também a aumentar. No início de 2011 o cenário não vai melhorar, antes pelo contrário. No primeiro trimestre, os bancos esperam aumentar ainda mais as restrições e apertar os critérios de aprovação de crédito à habitação. No que se refere à procura, três instituições antecipam uma diminuição ligeira, sendo que as restantes se dividem entre uma diminuição considerável e a ausência de alterações. Habitação à parte, o crédito destinado ao consumo e outros fins também está mais difícil de conseguir em vários bancos, devido ao aumento dos custos de financiamento e restrições de balanço e pelas expectativas quanto à actividade económica em geral. De salientar ainda, os receios quanto à capacidade dos consumidores assegurarem o serviço da dívida e os riscos associados às garantias exigidas. Também aqui a maior restritividade se manifestou em spreads mais altos, tanto nos créditos de médio como de elevado risco e, no caso de um banco, em maiores exigências de garantias. Neste primeiro trimestre de 2011 também o crédito ao consumo e para outros fins vai ficar ainda mais difícil".
Pessimismo sobre economia e habitação deprimem crédito
Os particulares pediram menos crédito aos bancos no último trimestre de 2010. A quebra da confiança dos consumidores (no caso da habitação e consumo), a deterioração das expectativas para o mercado da habitação e a retracção das despesas em bens duradouros (consumo) foram os factores que justificaram a quebra.Embora o aperto na concessão de crédito por parte dos bancos a particulares tenha sido mais ligeiro, a maior restritividade no crédito à habitação traduziu-se, sobretudo, num aumento dos spreads praticados, tanto nos empréstimos de risco médio como nos empréstimos de risco elevado. Algumas instituições tornaram-se ainda mais exigentes relativamente ao tipo de garantias que aceitam, e baixaram o rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia. As maturidades contratadas também sofreram cortes e as comissões e outros encargos não relacionados com a taxa de juro estão também a aumentar. No início de 2011 o cenário não vai melhorar, antes pelo contrário. No primeiro trimestre, os bancos esperam aumentar ainda mais as restrições e apertar os critérios de aprovação de crédito à habitação. No que se refere à procura, três instituições antecipam uma diminuição ligeira, sendo que as restantes se dividem entre uma diminuição considerável e a ausência de alterações. Habitação à parte, o crédito destinado ao consumo e outros fins também está mais difícil de conseguir em vários bancos, devido ao aumento dos custos de financiamento e restrições de balanço e pelas expectativas quanto à actividade económica em geral. De salientar ainda, os receios quanto à capacidade dos consumidores assegurarem o serviço da dívida e os riscos associados às garantias exigidas. Também aqui a maior restritividade se manifestou em spreads mais altos, tanto nos créditos de médio como de elevado risco e, no caso de um banco, em maiores exigências de garantias. Neste primeiro trimestre de 2011 também o crédito ao consumo e para outros fins vai ficar ainda mais difícil".
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