Segundo a SIC, "a contestação continua na Argélia enquanto o governo tenta minimizar o movimento de protesto perante o olhar da comunidade internacional, com incidentes a registarem-se por todo o país e uma nova manifestação marcada para o próximo sábado. O Ministério argelino dos Negócios Estrangeiros, além de desvalorizar as marchas de protesto, considera-as ações de uma pequena minoria.A Coordenação Nacional para a Mudança e Democracia (CNCD), coligação de movimentos reformistas, anunciou uma nova manifestação para o próximo sábado. Segundo a imprensa argelina, o governo prepara-se para realizar uma remodelação para acalmar a contestação popular, mas continua a rejeitar as reivindicações para uma mudança democrática. Numa declaração à rádio francesa Europe 1, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mourad Medelci, considerou que os protestos na Argélia são de "vozes minoritárias" e adiantou que o estado de emergência, instaurado em 1992, será levantado "nos próximos dias", permitindo que a Argélia regresse "ao estado de direito que permitirá a expressão de todas as opiniões mas sempre num quadro legal". Em Annaba, no leste do país, vários milhares de jovens desempregados assaltaram a prefeitura para reivindicar um emprego, refere a imprensa argelina, recordando que o prefeito tinha anunciado, na véspera, a criação de cerca de 7000 postos de trabalho. Estes jovens desempregados organizaram espontaneamente uma manifestação durante a qual gritaram palavras de ordem hostis contra o primeiro-ministro, Ahmed Uyahia, e o governo. Várias pessoas, incluindo polícias e manifestantes ficaram feridas nesta manifestação. Em Argel, a greve dos estudantes das Grandes Escolas estendeu-se aos estudantes da Universidade de ciências e tecnologias de Bab Ezzouar, arredores de Argel, que também protestam contra um decreto-lei presidencial, que fixa o regime de remunerações dos funcionários e a hierarquização dos licenciados, e iniciaram uma greve por tempo indeterminado.A mesma greve está a ser seguida em Oran, oeste. Nos arredores de Argel, na cidade de Bananiers, a polícia mantém uma forte presença apesar do regresso da calma no domingo,depois de 450 casas terem sido saqueadas na noite de sexta-feira para sábado. No oeste do país, em Frenda, a sede da Sociedade nacional do tabaco e fósforos foi atacada no sábado à noite por uma centena de assaltantes. A nível nacional, a greve do pessoal paramédico continua depois do sindicato argelino dos paramédicos (SAP) ter recusado o convite do ministério porque os paramédicos não acreditam mais nas promessas do ministro. Os grevistas exigem compromissos escritos antes de pôr fim ao protesto iniciado na última terça-feira.
MNE desvaloriza marchas de protesto
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Argélia desvalorizou hoje as marchas de protesto no seu país, considerando que são ações de uma pequena minoria e não o início de revoltas como as da Tunísia e do Egito. Nestes dois países, movimentos populares de protesto levaram à saída do poder dos presidentes Zine Ben Ali (a 14 de janeiro) e Hosni Mubarak (sexta-feira). O chefe da diplomacia argelina, Mourad Medelci, disse na entrevista à rádio Europe 1 que a marcha de sábado na capital Argel foi obra de uma minoria e que o protesto marcado para o próximo fim-de-semana "não vai fazer melhor". O movimento Coordenação Nacional para a Mudança e a Democracia (CNDC) organizou a marcha de sábado, que foi seguida por um enorme dispositivo policial, com cerca de 30 mil policias, e levou à detenção de vários manifestantes -- 14 segundo as autoridades, 300 pelos cálculos da oposição. O CNDC, que agrupa partidos da oposição, organizações da sociedade civil e sindicatos não oficiais, exige uma mudança no sistema político e critica "a vida política" que diz ameaçar a sociedade argelina. "A Argélia não é a Tunísia. A Argélia não é o Egipto", declarou Medelci à Europe 1. A manifestação de sábado estava proibida devido ao estado de emergência em vigor no país desde 1992, e que Medelci disse ir ser levantado nos próximos dias".
MNE desvaloriza marchas de protesto
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Argélia desvalorizou hoje as marchas de protesto no seu país, considerando que são ações de uma pequena minoria e não o início de revoltas como as da Tunísia e do Egito. Nestes dois países, movimentos populares de protesto levaram à saída do poder dos presidentes Zine Ben Ali (a 14 de janeiro) e Hosni Mubarak (sexta-feira). O chefe da diplomacia argelina, Mourad Medelci, disse na entrevista à rádio Europe 1 que a marcha de sábado na capital Argel foi obra de uma minoria e que o protesto marcado para o próximo fim-de-semana "não vai fazer melhor". O movimento Coordenação Nacional para a Mudança e a Democracia (CNDC) organizou a marcha de sábado, que foi seguida por um enorme dispositivo policial, com cerca de 30 mil policias, e levou à detenção de vários manifestantes -- 14 segundo as autoridades, 300 pelos cálculos da oposição. O CNDC, que agrupa partidos da oposição, organizações da sociedade civil e sindicatos não oficiais, exige uma mudança no sistema político e critica "a vida política" que diz ameaçar a sociedade argelina. "A Argélia não é a Tunísia. A Argélia não é o Egipto", declarou Medelci à Europe 1. A manifestação de sábado estava proibida devido ao estado de emergência em vigor no país desde 1992, e que Medelci disse ir ser levantado nos próximos dias".
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