Li aqui que "na Pediatria, para avançar com o atendimento de adolescentes até aos dezoito anos, Pereira Duarte diz que só avança quando estiverem reunidas todas as condições. Isto é, espaço e recursos humanos disponíveis para implementar esta recomendação universal... A nível nacional, vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde estão a adaptar espaços na pediatria e a recrutar mais meios humanos - outros já o fizeram - para dar resposta aos jovens até aos 18 anos Atendimento até aos 18 anos de idade (17 anos e 364 dias), numa recomendação universal, que desde Novembro teve tradução na Carta Hospitalar e de Cuidados Pediátricos em Portugal, produzida pela Comissão Nacional de Saúde da Criança e Adolescente [um órgão consultivo do Ministério da Saúde]. O documento pretende traçar as linhas orientadoras da concepção de serviços hospitalares para crianças e adolescentes, centrados na família e na garantia da segurança e qualidade dos cuidados prestados. Foi mesmo considerado pelo Alto Comissariado para a Saúde como um documento de extrema importância e imprescindível para a melhoria dos cuidados na área pediátrica em Portugal
Divino Espírito Santo sem recursos para responder ainda à Carta
Cumprindo os requisitos da carta, os hospitais fizeram obras nos serviços de pediatria, criaram quartos para os adolescentes e recrutaram mais profissionais. Mas em Ponta Delgada, num hospital de fim de linha como o é o do Divino Espírito Santo, a adaptação dos serviços foi feita apenas para acolher crianças até 16 anos, mas alargar o atendimento pediátrico até aos 18 anos é ao nível das estruturas e de recursos humanos impossível. E é impossível, actualmente e por enquanto, porquê? Porque o Director de Serviço de Pediatria, Pereira Duarte, enquanto assumir o cargo não vai levar avante este projecto porque não há condições físicas nem humanas para avançar. Fazer as coisas por fazer sem as condições necessárias para levar a bom porto este projecto não está no imaginário de Pereira Duarte, que não se assume como um perfeccionista, mas que quem o conhece diz que o é. Por isso, para executar só com meios, porque sem eles nada feito. O Pediatra diz mesmo que só avança com a implementação desta recomendação universal se forem criadas condições em termos de espaço, com gabinete de atendimento com todas as condições e com um vestiário para os adolescentes, bem como com o essencial. Isto é, para além do pediatra e/ou pediatras de serviço, têm de estar disponíveis só para a pediatria, ou em disponibilidade, um pedopsiquiatra (que na região não há nenhum médico com esta especialista) e um ginecologista. Tudo porque no entender do especialista em pediatria não basta alargar a idade de atendimento é preciso criar condições para que os adolescentes possam ser atendidos nas várias vertentes, pois os que os levam à urgência hospital tem muitas vezes que ser analisado por uma equipa multidisciplinar. Por isso, sem estes itens essenciais não há alargamento da idade de atendimento na pediatria.
Em Portugal continental, entre outros, a Administração Regional de Saúde do Norte, tal como a do Centro, já têm o processo concluído, uma vez que dão resposta pediátrica nas consultas, internamentos e nas urgências. Em 2008, todos os hospitais começaram a receber jovens até aos 16 anos, o que aconteceu em 2010 em Ponta Delgada".
Em Portugal continental, entre outros, a Administração Regional de Saúde do Norte, tal como a do Centro, já têm o processo concluído, uma vez que dão resposta pediátrica nas consultas, internamentos e nas urgências. Em 2008, todos os hospitais começaram a receber jovens até aos 16 anos, o que aconteceu em 2010 em Ponta Delgada".
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