Diz o Correio dos Açores num texto de Ana Coelho que "só nos dois primeiros meses de 2011 perto de 200 médicos abandonaram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), um número mais de três vezes superior que em meses anteriores. De acordo com a lista de aposentados publicada pela Caixa Geral de Aposentações, 81 médicos viram oficializada a sua aposentação em Janeiro e, em Fevereiro, o número chega aos 109. Estes são valores atípicos, que indicam que o número de médicos aposentados triplicou em dois meses, uma vez que o normal são cerca de 30 saídas por mês, disse o presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz. Nos Açores certo é que o número, entre 2009 e 2010 também cresceu. Se em 2009 aposentaram-na quatro médicos, já em 2010 reformaram-se o dobro. Ao todo foram oito médicos, três dos quais em Ponta Delgada, das especialidades de Ortopedia, Otorrino e Cirurgia Geral; um em Vila Franca do Campo de Saúde Pública; dois na Praia da Vitória, de Saúde Pública e Medicina Geral e Familiar e outros dois, um da Unidade de Saúde do Pico e outro do hospital da Horta, ambos de Medicina Geral e Familiar. Mas segundo fonte do serviço Regional de Saúde, “o facto é que, nos Açores não se tem registado o mesmo fenómeno de corrida às reformas que tem acontecido no continente português, pois os médicos na Região, na grande maioria, não têm requerido a entrada na aposentação de forma antecipada”. Mais, “certo é que o interesse em continuar a trabalhar para o Serviço Regional de Saúde parece manter-se, nomeadamente integrado no despacho do Secretário Regional da Saúde que assim o permite e ao que alguns profissionais médicos têm recorrido para que possam continuar a exercer no SRS, para além do trabalho nos seus consultórios particulares”, acrescenta a mesma fonte. Certo é que, ao nível das entradas de médicos no SRS, entre os anos de 2008-2009 o número de profissionais cresceu de 491 para 505, sendo que para o ano de 2010 este valor aumentou para 516. Mas, para o continente português, o cenário ainda pode agravar-se nos próximos meses. Se no último ano foram 741 médicos aqueles que se reformaram, é esperado um novo ‘boom’ de reformas nos próximos seis meses, avisa Sérgio Esperança, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM). Isto porque ao longo de 2011 deverão ainda ser oficializados os pedidos de reforma antecipada dos médicos que tentaram evitar o agravamento das penalizações imposto pelo Orçamento do Estado de 2010. No ano passado, ao nível do SNS, mais de 740 clínicos abandonaram o Serviço Nacional de Saúde. E até Março mais 260 vão aposentar-se. Destes cerca de 450 eram clínicos gerais. Os sindicatos alegam que a idade está longe de ser o principal motivo para estas saídas em catadupa.
Tratamento dos sucessivos governos criou mal-estar entre os profissionais
813 médicos já se reformaram desde Janeiro de 2010 até Fevereiro deste ano no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fazendo as contas, este valor significa que, pelo menos, 601 mil e 500 portugueses perderam o médico de família, segundo dados avançados pela Federação Nacional dos Médicos e Sindicato dos Médicos do Norte ontem à TVNET. Dos médicos que pediram a aposentação, 401 são de medicina geral e familiar e 308 são de hospitalar. Estes 401 médicos deixaram, assim, mais de 600 mil utentes sem médico de família. Apesar da debandada de médicos do SNS, o número decresceu de Janeiro deste ano para Fevereiro. Dos 813 médicos que pediram a aposentação, 105 reformaram-se em Janeiro e 69 em Fevereiro. Segundo Arnaldo Araújo, membro da direcção do Sindicato dos Médicos do Norte e da Federação Nacional de Médicos, esta redução não significa que haja menos médicos com intenção de pedir a aposentação: “a redução do número não quer dizer nada. Pode ser uma questão burocrática”. Para o responsável, os números significam uma “sangria muito grande” no SNS, com “consequências no atendimento à população” e na formação de novos profissionais já que os médicos aposentados representam um valor “altamente diferencial”. Na origem desta “sangria” está, para Arnaldo Araújo, o tratamento que os sucessivos governos têm dado à classe, o que criou mal-estar entre os profissionais. Também os novos modelos de gestão hospitalar e de centros de saúde são colocados em causa: “os médicos têm sido muito mal tratados e a organização do serviço está cada vez mais burocrática. Há outros interesses para além dos da saúde e há gestores que não sabem do tema. Os mecanismos não valorizam o trabalho dos médicos”. Para o responsável sindical, a alteração das regras da reforma e outras medidas são, apenas, as “gotas que fazem transbordar o copo”.
Tratamento dos sucessivos governos criou mal-estar entre os profissionais
813 médicos já se reformaram desde Janeiro de 2010 até Fevereiro deste ano no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Fazendo as contas, este valor significa que, pelo menos, 601 mil e 500 portugueses perderam o médico de família, segundo dados avançados pela Federação Nacional dos Médicos e Sindicato dos Médicos do Norte ontem à TVNET. Dos médicos que pediram a aposentação, 401 são de medicina geral e familiar e 308 são de hospitalar. Estes 401 médicos deixaram, assim, mais de 600 mil utentes sem médico de família. Apesar da debandada de médicos do SNS, o número decresceu de Janeiro deste ano para Fevereiro. Dos 813 médicos que pediram a aposentação, 105 reformaram-se em Janeiro e 69 em Fevereiro. Segundo Arnaldo Araújo, membro da direcção do Sindicato dos Médicos do Norte e da Federação Nacional de Médicos, esta redução não significa que haja menos médicos com intenção de pedir a aposentação: “a redução do número não quer dizer nada. Pode ser uma questão burocrática”. Para o responsável, os números significam uma “sangria muito grande” no SNS, com “consequências no atendimento à população” e na formação de novos profissionais já que os médicos aposentados representam um valor “altamente diferencial”. Na origem desta “sangria” está, para Arnaldo Araújo, o tratamento que os sucessivos governos têm dado à classe, o que criou mal-estar entre os profissionais. Também os novos modelos de gestão hospitalar e de centros de saúde são colocados em causa: “os médicos têm sido muito mal tratados e a organização do serviço está cada vez mais burocrática. Há outros interesses para além dos da saúde e há gestores que não sabem do tema. Os mecanismos não valorizam o trabalho dos médicos”. Para o responsável sindical, a alteração das regras da reforma e outras medidas são, apenas, as “gotas que fazem transbordar o copo”.
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