sexta-feira, outubro 08, 2010

Sindicato dos Jornalistas repudia novas medidas de austeridade do Governo

Li no site da SIC que "o Sindicato dos Jornalistas repudiou hoje as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo e convocou os órgãos sociais para analisar medidas a tomar em defesa dos jornalistas. A Direcção do SJ decidiu pedir a convocação de reuniões extraordinárias do Conselho Geral e da Assembleia Geral, a fim de aprofundar a discussão sobre a actual situação e analisar as medidas a desencadear em defesa dos direitos dos jornalistas, fazendo-as convergir para 24 de Novembro, dia de greve geral convocada pelas duas centrais sindicais. Segundo o sindicato, os jornalistas não podem enquanto trabalhadores ficar indiferentes a estas novas medidas do governo. "Ao abrigo do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), o Governo tomou este ano medidas que afetam os rendimentos reais dos trabalhadores - subida de impostos e de bens essenciais - e prepara outras novas e mais gravosas, umas com efeitos ainda este ano, outras para 2011. Os jornalistas, enquanto trabalhadores, também estão a perder poder de compra e a ver diminuído o seu já degradado estatuto económico", escreve o sindicato em comunicado. Segundo o sindicato, em muitas empresas, os salários dos jornalistas mantêm-se congelados, "como sucede na RTP e na Lusa onde as administrações nem sequer aceitam negociar aumentos". "É verdade que, no setor da Imprensa, com a recente publicação de um novo contrato coletivo, muitos jornalistas acabam por ter agora algum crescimento dos seus vencimentos, mas as medidas já encetadas pelo Governo e outras anunciadas voltam a penalizá-los. Também os jornalistas estão a pagar uma crise pela qual não são responsáveis", defende o sindicato. O novo pacote de medidas, adianta, atinge os profissionais do sector da comunicação social de forma direta e indireta, mesmo quando parte desse "pacote" se aplica "apenas" aos trabalhadores da Administração Pública e do sector empresarial do Estado. "Por exemplo, a redução de salários dos trabalhadores destes sectores que auferem mais de 1500 euros e o congelamento de promoções representam uma redução efetiva do poder aquisitivo de um sector da população com hábitos de leitura de Imprensa", refere adiantando que "é legítimo recear que os patrões continuem a argumentar com a agudização da crise para mais despedimentos e outras medidas contra os jornalistas e outros trabalhadores da comunicação social". Por outro lado, a redução das despesas do Estado com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas do sector público ameaça agravar ainda mais as condições dos jornalistas e outros trabalhadores da RTP e da Agência Lusa. "Se as empresas recebem menos dinheiro, isso terá reflexos inevitáveis, seja no congelamento de salários e outras prestações (subsídios de refeição, transportes, condução), seja na não atribuição de prémios, seja ainda em eventuais congelamentos das carreiras. Tratar-se-ia de uma penalização acrescida à ameaça de redução de salários no setor público já referida", explica o sindicato".

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