O caso passou-se em Setembro de 2009, mas não deixa de ser curioso numa altura em que se fala de ideoneidade! O assunto foi relatado pela jornalista do Expresso,Vera Lúcia Arreigoso: "A única resposta que dou é parafrasear o dr. Alberto João Jardim na expressão inglesa a propósito de jornalistas - ('Fuck you!')". Foi assim que o bastonário Pedro Nunes reagiu ao Expresso por estar a investigar denúncias de alegado favorecimento pela Ordem dos Médicos (OM) ao ateliê onde a filha estava a estagiar. Este é mais um episódio da guerra sem tréguas que se vive na Ordem entre os elementos do Conselho Nacional Executivo. Em Agosto, tomou a decisão inédita de investigar o bastonário - por suspeita de ter apresentado despesas à OM quando estaria ao serviço da seguradora espanhola da qual era conselheiro - e o conflito atingiu o clímax. Neste momento, o candidato derrotado nas eleições, Carlos Silva Santos prepara uma recolha de assinaturas para exigir a demissão de Pedro Nunes. Mas vamos aos factos. O caso do ateliê tem quatro anos - já com Pedro Nunes como bastonário - e está relacionado com a Casa do Médico de Sines. O projecto destina-se a apoio social aos médicos e é da responsabilidade do Conselho Regional do Sul (de onde o bastonário transitou). Pedro Nunes interveio apenas para assinar a escritura do terreno, como ditam os estatutos da OM. A denúncia só surge na fase seguinte: o projecto de arquitectura. A tarefa ficou a cargo do ateliê José Baganha e Associados, onde a filha do bastonário estagiava. Em vários documentos - incluindo da Ordem dos Arquitectos -, o seu nome aparece como colaboradora do 'desenho' arquitectónico. José Baganha começou por dizer que não se recordava do momento em que a jovem arquitecta tinha sido admitida. "Não sei se já estava a trabalhar ou se entrou depois do projecto ter sido adjudicado. Pode ter acontecido apenas isto: saber-se que estava a fazer a Casa do Médico de Sines e comentarem 'a minha filha acabou o curso e precisa de um estágio'". Mas, esta semana lembrou-se do que aconteceu: "É muito provável que ela tenha entrado antes do projecto". É só para lembrar...
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