quinta-feira, outubro 07, 2010

O que diz o PS local a isto? Inquérito? (XI)

Segundo o jornalista do Correio da Manhã, Pedro H. Gonçalves , um agregado com duas crianças vai ter menos 45,16 euros por mês para gastar com os filhos. A maioria das famílias portuguesas que têm dois filhos vai perder 541 euros por ano com o corte anunciado nos abonos de família. Segundo os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), as famílias naquelas condições têm um vencimento médio conjunto de 1278 euros, o que as coloca no quinto escalão, precisamente um dos que vão ser eliminados. São menos 45,16 euros por mês para os gastos com os dois filhos. O Governo avançou na semana passada que vai eliminar o aumento extraordinário de 25% previsto para o primeiro e o segundo escalões e eliminar as prestações concedidas aos dois últimos escalões, ou seja, às famílias com rendimentos anuais superiores a 14 672 euros. A medida vai assim atingir a maioria das famílias portuguesas com dois filhos, que, segundo os números do INE, têm em média um rendimento de 17 mil euros por ano, o que as coloca no 5º e último escalão do abono de família. Em termos percentuais, estes pais vão ter menos 3,5% do orçamento familiar para os filhos. Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, refere que há cada vez mais famílias a precisarem de ajuda (ver entrevista), e a capacidade de resposta "infelizmente não é eternamente elástica". A eliminação dos dois últimos escalões do abono significa que existem 383 mil agregados familiares que, por ganharem mais de 628 euros por mês, ficam sem a ajuda do Estado para as crianças. Um milhão de famílias será também afectado pelo recuo no aumento de 25% anunciado para os dois escalões mais baixos, segundo o Ministério do Trabalho. Eugénio Fonseca, que preside à Cáritas, teme o impacto das medidas de austeridade anunciadas, defendendo que "em momentos de crise há que tomar medidas de sacrifício. Estamos a falar da recuperação do défice que está a debilitar toda a nossa economia, mas devem começar por aplicar medidas àqueles que mais têm". Para Fernando Castro, que lidera a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, a medida mostra a "irresponsabilidade do Governo", esperando que o "bom senso" do Parlamento impeça o corte nos abonos. "As famílias, já nem falo das numerosas, vão ficar piores. É o golpe de misericórdia na pouca política de família deste Governo", sustenta". Leia o texto todo, aqui

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