quinta-feira, outubro 07, 2010

Na Madeira é impensável esta coragem política socialista

Segundo o Publico, "o possível candidato à sucessão de José Sócrates considera “inaceitável” que os sacrifícios não estejam a ser pedidos a todos, especialmente àqueles que mais têm. O deputado socialista António José Seguro lançou, na noite de terça-feira, fortes críticas ao Governo e às recentes medidas de combate à crise financeira. Para o presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República é “inaceitável que quando se pedem sacrifícios aos portugueses, não sejam todos, em particular aqueles que mais têm, a dar esse exemplo e a fazer mais sacrifícios”. Numa cerimónia em Penamacor, onde nasceu e foi agraciado pela Assembleia Municipal na passagem dos 100 anos da implantação da República, Seguro afirmou ainda que “os portugueses estão fartos de fazer sacrifícios sem ver resultados.” “É preciso que os sacrifícios estejam ligados aos resultados”, acrescentou o deputado, apontado dentro e fora do PS como um dos mais fortes possíveis candidatos à sucessão de José Sócrates. Seguro, numa recente entrevista ao Expresso, admitiu mesmo que está disponível para se candidatar a líder do PS quando Sócrates sair. António José Seguro referiu ainda que “a trajectória das últimas décadas vem endividando o país”, o que vai sobrecarregar as gerações futuras “com os encargos do estilo de vida das gerações actuais”, o que considerou “inaceitável”. De facto na Madeira, e no que ao PS local diz respeito, esta tomada de posição, coerentemente assumida, sem hesitações e sem complexos, seria impensável. Porque não acredito que Seguro se comporte em função de vingaças ou frustrações pessoais, muito menos a ajustar contas com quem despediu por desleixo e incompetência. Além de que não conheço qualquer frustração nem complexo de inferioridade social em Seguro.
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