sábado, outubro 16, 2010

Devia ter estado calado para que ele fosse apanhado...

Quando ontem, a propósito da lei de meios, escrevi aqui que não tardaria nada e Serrão convocaria mais uma conferência de imprensa para reclamar "louros" - é claro que convocou uma conferência de imprensa para dizer outras asneiradas, mas sobre isso falarei noutro espaço - pelos vistos deveria estar calado. Um gajo acorda de manhã cheio de "força" e depois passa os olhos no site dos jornais e dá nisto. Se tivesse ficado calado o tipo tinha convocado a tal conferência de imprensa e hoje estaríamos todos a gozar à brava. Ele voltaria a ficar com cara de parvo - mais uma vez - sobretudo depois de Alberto João Jardim ter revelado isto mesmo, segundo o Jornal da Madeira: "O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu quinta-feira, ao presidente do Governo Regional, que a Madeira não vai sofrer cortes no Orçamento de Estado para 2011.A revelação foi feita, ontem, por Alberto João Jardim, à margem de uma inauguração no Funchal. «Ontem conversei com o senhor primeiro-ministro sobre isso e o que está lá sobre a Madeira foi acordado entre o senhor primeiro-ministro e eu», declarou o líder madeirense, acrescentando que «a ideia é não haver cortes e, em contrapartida, nós abdicarmos – e será esse o nosso contributo para o esforço nacional – de algumas dívidas que o Estado tinha à Região». Segundo Alberto João Jardim «ao abdicar disso, nós estamos a entrar no nosso contributo para o esforço nacional, evitando que, no imediato, a Região seja prejudicada». Na óptica de Jardim «funcionou o entendimento entre o primeiro-ministro e o Governo Regional da Madeira. Infelizmente, é pena que o senhor ministro das Finanças, não siga este hábito do senhor primeiro-ministro se entender com a Região Autónoma da Madeira». Questionado acerca do projecto de revisão constitucional do PSD-M, entregue ontem na Assembleia da República, Alberto João Jardim disse que as diferenças com o projecto do PSD nacional prendem-se com a matéria respeitante às regiões autónomas. Tal como referiu «as diferenças são em matéria mais relacionada com as regiões autónomas e, sobretudo, a Região Autónoma da Madeira». O líder madeirense reiterou a ideia de ter um sistema constitucional diferenciado nas duas regiões autónomas. «Insisto neste pormenor. A Constituição não obriga a que o sistema constitucional seja idêntico para a Madeira e para os Açores», salientou. «Tenho de respeitar o que os Açores pretendem fazer de diferente, como os Açores têm de respeitar o que nós queremos fazer de diferente», declarou Jardim, reforçando: «Não vamos andar amarrados uns aos outros». O líder insular sublinhou que deu alguns contributos em matérias nacionais, nomeadamente no que concerne à organização do Estado e em particular, em alguns sectores da Justiça. O presidente do Governo Regional disse ainda não estar preocupado com o funcionamento das escolas da Região Autónoma, apesar de nenhum estabelecimento de ensino da Região estar entre os 150 melhores do país. «A mim isso não me preocupa, porque isso é feito à custa de critérios artificiais e eu estou muito satisfeito com o funcionamento das escolas da Madeira», declarou Jardim, acrescentando que «já foi o tempo em que nós nos impressionávamos com coisas feitas em Lisboa". Caramba! Não deveria ter escrito nada porque, repito, hoje o gozo seria generalizado, já que ele teria reclamaria "louros" que não teve, nem alguma vez poderia ter. Um tipo que nem consegue concretizar uma coligação eleitoral, que nem uma convenção digna desse nome vai realizar, o que é que está à espera?

Sem comentários: