Muito interessante, pertinente e realisticasmente elaborado, publico este comentário, da autoria de um visitante do meu blogue (que designo apenas de M), o qual agradeço, e que coloco à consideração das pessoas, apelando à sua reflexão e eventualmente sugerindo, no caso da comunicação social, a existência de algumas ideias que possam merecer atenção em trabalhos futuros, caso queiram:
"Como já deve ter reparado, leio sempre o teu blogue e, se naturalmente nem sempre partilhe da sua opinião, muitas vezes tenho considerado que a sua “voz” se revela da maior oportunidade e razão, até mesmo quando não concordo, o que não é o caso de hoje – relativamente ao teu comentário sobre a reunião dos “ilustres” banqueiros com o Passos Coelho – com o qual concordo integralmente! Ao que chegamos…uma pressão desmesurada em cima do Passos Coelho relativamente ao Orçamento.
A quem é que isto aproveita?Qual é o problema da gestão orçamental por duodécimos? Dirão alguns que é necessário passar uma imagem de credibilidade para o exterior, garantindo com o novo Orçamento as metas do défice. Se assim é, porque é que ninguém fala da possibilidade de, por Decreto Regulamentar para a execução do orçamento, ainda que por duodécimos, poderem ser impostas medidas restritivas e mesmo congelamento de dotações – como o fizeram agora por exemplo – com vista ao garante da meta orçamental? Ou será que as instituições internacionais não sabem perfeitamente desta possibilidade? Estranho…Outra conversa: será que ninguém ainda se lembrou de dizer que as três Agências de Rating são todas Norte-Americanas? Mas alguém acredita que os americanos iriam dizer bem da economia do Euro? Só se fossem parvos, mais a mais considerando que os EUA estão com um sério problema ao nível do défice. Porque é que a União Europeia nestes anos todos, não promoveu uma agência de rating europeia que, já agora, também desse notação aos Estados Unidos?
Devo dizer que nem sequer fui apoiante do Passos Coelho, e nem sequer partilho especialmente da sua estratégia, e receio mesmo algumas suas ideias relativamente às Regiões Autónomas. Mas, a verdade é que foi esmagadoramente eleito e respeito isso. Agora nesta matéria do orçamento, embora ele se tenha metido num “nó górdio” acho que o que lhe têm feito é sério, grave e revelador dos jogos de interesses que sempre soubemos que existiam – muito para além de convicções ideológicas e partidárias.
Uma pergunta: porque é que, e em nome de quê, são os mais desfavorecidos e a classe média têm que pagar sempre a conta? Porque é que havemos de pagar o custo do senhor Professor Cavaco Silva desejar ser eleito em Janeiro? Porquê? O problema é que o Estado só controla alguns sectores: Função Pública, eventualmente algumas empresas públicas, trabalhadores por conta de outrem, vulgo dependentes e os cidadãos em geral enquanto consumidores finais, senão vejamos:
"Como já deve ter reparado, leio sempre o teu blogue e, se naturalmente nem sempre partilhe da sua opinião, muitas vezes tenho considerado que a sua “voz” se revela da maior oportunidade e razão, até mesmo quando não concordo, o que não é o caso de hoje – relativamente ao teu comentário sobre a reunião dos “ilustres” banqueiros com o Passos Coelho – com o qual concordo integralmente! Ao que chegamos…uma pressão desmesurada em cima do Passos Coelho relativamente ao Orçamento.
A quem é que isto aproveita?Qual é o problema da gestão orçamental por duodécimos? Dirão alguns que é necessário passar uma imagem de credibilidade para o exterior, garantindo com o novo Orçamento as metas do défice. Se assim é, porque é que ninguém fala da possibilidade de, por Decreto Regulamentar para a execução do orçamento, ainda que por duodécimos, poderem ser impostas medidas restritivas e mesmo congelamento de dotações – como o fizeram agora por exemplo – com vista ao garante da meta orçamental? Ou será que as instituições internacionais não sabem perfeitamente desta possibilidade? Estranho…Outra conversa: será que ninguém ainda se lembrou de dizer que as três Agências de Rating são todas Norte-Americanas? Mas alguém acredita que os americanos iriam dizer bem da economia do Euro? Só se fossem parvos, mais a mais considerando que os EUA estão com um sério problema ao nível do défice. Porque é que a União Europeia nestes anos todos, não promoveu uma agência de rating europeia que, já agora, também desse notação aos Estados Unidos?
Devo dizer que nem sequer fui apoiante do Passos Coelho, e nem sequer partilho especialmente da sua estratégia, e receio mesmo algumas suas ideias relativamente às Regiões Autónomas. Mas, a verdade é que foi esmagadoramente eleito e respeito isso. Agora nesta matéria do orçamento, embora ele se tenha metido num “nó górdio” acho que o que lhe têm feito é sério, grave e revelador dos jogos de interesses que sempre soubemos que existiam – muito para além de convicções ideológicas e partidárias.
Uma pergunta: porque é que, e em nome de quê, são os mais desfavorecidos e a classe média têm que pagar sempre a conta? Porque é que havemos de pagar o custo do senhor Professor Cavaco Silva desejar ser eleito em Janeiro? Porquê? O problema é que o Estado só controla alguns sectores: Função Pública, eventualmente algumas empresas públicas, trabalhadores por conta de outrem, vulgo dependentes e os cidadãos em geral enquanto consumidores finais, senão vejamos:
•Redução de salários - Função Pública e empresas públicas (algumas…)
•Aumento do IRS e diminuição de elegibilidade de despesas - trabalhadores dependentes
•Aumento do IVA - consumidor final
•Aumento do IRS e diminuição de elegibilidade de despesas - trabalhadores dependentes
•Aumento do IVA - consumidor final
Uma vergonha é o que é, tal qual diz. Olhe que não sou de esquerda, sou um social-democrata convicto, mas isto começa de facto a ser injusto de mais. Precisamos cada vez mais de pessoas que digam a verdade, de forma clara e denunciando o que está mal, que saibam do que falam e o fundamentem. Ou será que o PSD nacional, ano após ano e em nome de uma suposta responsabilidade pela Nação, não vai cumprir o seu papel de partido de poder e ser capaz de assumir – aí sim – as responsabilidades de ser poder? É que este orçamento não vai resolver nada, só vai prolongar a agonia. Cá estaremos para ver. Esta situação do Governo do PS lembra-me um garoto que depois de fazer asneira ainda acha que os pais são uns chatos porque decidiram castigá-lo. Tal e qual… Feito o desabafo, um abraço”. Retive deste comentário duas ideias que deixem destaque: Qual é o problema da gestão orçamental por duodécimos? Este orçamento não vai resolver nada, só vai prolongar a agonia. Espero que as pessoas recordem estas duas ideias e as retenham. Na esperança que a comunicação social possa um dia, caso queira e saiba, esclarecer os cidadãos de quais os riscos para Portugal de viver uns meses em regime de duodécimos.
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