Sabiam disso? O jornalista do Correio da Manhã, António Sérgio Azenha, explica que “os descontos de empresas e trabalhadores foram aplicados, na sua maioria, em títulos do Estado. A Segurança Social está a financiar a dívida pública portuguesa: numa altura em que os títulos do Estado estão sob forte pressão dos mercados financeiros, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), cuja missão é pagar as pensões futuras, tem mais de cinco mil milhões de euros aplicados em dívida pública. A verba investida representa quase 54 por cento do valor total de 9,5 mil milhões de euros do FEFSS. O presidente do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) garante que, apesar de a dívida pública portuguesa estar sob forte pressão dos mercados financeiros desde Maio passado, "não recebeu ordens do Governo" para comprar títulos do Estado português, com vista ao seu financiamento. Mesmo assim, Manuel Baganha admite que houve, "pontualmente, um reforço [do FEFSS nesses títulos]". E precisa que o investimento do FEFSS em dívida pública nacional "tem sido, ao longo do ano, entre 52 por cento e 54 por cento do valor total". A portaria 1273, de 7 de Outubro de 2004, determina que a composição do activo do FEFSS deve ter um "mínimo de 50 por cento em títulos representativos de dívida pública portuguesa ou outros garantidos pelo Estado português". Por isso, o presidente do (IGFCSS) reafirma que o investimento do FEFSS em títulos da República portuguesa "tem-se mantido naquilo que é o padrão relativo ao investimento na dívida pública". E apesar da necessidade de Portugal em obter financiamento, Manuel Baganha, dada a volatilidade dos mercados financeiros, não arrisca "fazer futurologia até ao final do ano" no que diz respeito à eventual compra de mais dívida do Estado português”.
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