Li aqui, num texto do jornalista Hugo Neutel, que "o Metro do Porto está endividado e o projecto não é viável do ponto de vista financeiro, segundo conclusões do Tribunal de Contas referidas num relatório de auditoria à sociedade gestora. Num relatório de auditoria à sociedade gestora do Metro do Porto, o Tribunal de Contas alerta que no final de 2007, 75 por cento do investimento no Metro do Porto correspondia a financiamento obtido com recurso a endividamento, sobretudo na forma de financiamento bancário. Dos cerca de 2100 milhões de euros investidos no projecto entre 2003 e 2007, 1600 milhões, ou seja, mais de 75 por cento, correspondiam a passivo, sobretudo na forma de endividamento bancário.Crédito obtido pela sociedade gestora do metro para alimentar não só a expansão da rede, como para fazer face a insuficiências de tesouraria. A instituição liderada por Guilherme d' Oliveira Martins considera que não foi garantido um modelo assente em fontes alternativas e em percentagens suficientes para que o projecto fosse viável do ponto de vista financeiro. E esse é o quadro apenas até ao final de 2007, no futuro a situação pode piorar. A entidade fiscalizadora dos gastos públicos não tem dúvidas que depois do corte do rating da dívida portuguesa pela Standard & Poors, o que aí vem é um maior custo de financiamento junto da banca. O Tribunal de Contas fala no desenvolvimento de um metro que funciona com elevados padrões de qualidade, capitaliza melhorias ambientais e conquista cada vez mais clientes, mas destaca também o outro lado da moeda: resultados negativos, e dificuldades de financiamento cada vez maiores que colocam em causa a sustentabilidade do negócio. Um problema, refere o Tribunal de Contas, que pode agravar-se se os projectos de expansão da rede não forem associados a um modelo de auto-financiamento. O Tribunal de Contas concluiu que não basta decidir o que construir e onde fazê-lo é preciso saber quanto custa, como vai ser pago e com que dinheiro vai ser mantido". Um tema noticiado também aqui. Aos mais interessados deixo aqui o link de acesso ao parecer do Tribunal de Contas.
Sem comentários:
Enviar um comentário