sexta-feira, janeiro 15, 2010

Ferreira Leite para Sócrates: "Se o povo madeirense não votasse maioritariamente em Alberto João Jardim, a atitude do Governo seria outra"!

Segundo li no Sol, "a líder do PSD acusou hoje o Governo de «governar com discricionariedade», considerando que foram introduzidas alteração à Lei das Finanças Regionais apenas «em nome da vingança». «O Governo gosta de governar com discricionariedade», acusou a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro. Numa intervenção em «defesa da honra da bancada», pedida depois do primeiro-ministro ter chamado os sociais-democratas de «irresponsáveis» por proporem medidas com implicações orçamentais, como alterações à Lei das Finanças Regionais e o fim do Pagamento Especial por Conta, Manuela Ferreira Leite elevou o tom das críticas, marcando a diferença entre o PSD e o Governo. «O PSD quer beneficiar todas as empresas», disse, numa referência à proposta de acabar com o Pagamento Especial por Conta, lamentando que, ao invés, o executivo apenas queira «ajudar a empresa A e a empresa B» e não «a empresa C».«Não é irresponsabilidade, é uma forma diferente de olhar os problemas do país», acrescentou a líder social-democrata. Durante a intervenção em «defesa da honra da bancada», Manuela Ferreira Leite alargou ainda as acusações de discricionariedade à lei das Finanças Regionais. «Foi uma discricionariedade feita em nome da vingança do povo da Madeira», sublinhou, considerando que, caso o povo madeirense não votasse maioritariamente em Alberto João Jardim, a atitude do Governo seria outra. Na resposta, o primeiro-ministro lembrou que o executivo apenas fez duas alterações à Lei das Finanças Regionais, uma das quais para «fazer justiça» e reconhecer que a gestão do arquipélago dos Açores é «mais complexa». «Se o PSD quer aproveitar este momento com o único objectivo de dar mais dinheiro ao Governo Regional da Madeira tem a oposição clara do Governo. Este é o momento de dizer basta», acrescentou o chefe do executivo. Já depois da resposta de José Sócrates, o deputado do PSD Guilherme Silva pediu a palavra para solicitar à mesa da Assembleia que distribuísse a Lei das Finanças Regionais, «para o primeiro-ministro ler e ver que a discriminação positiva aos Açores já lá estava». «É dinheiro para os portugueses da Madeira e não para Governo Regional da Madeira», acrescentou Guilherme Silva. Logo na sua primeira intervenção durante o debate quinzenal, a líder do PSD questionou ainda a razão porque depois do «estrangulamento a que foram sujeitas as instituições de ensino superior» durante os últimos quatro anos e, agora que o país atravessa uma situação muito pior, já existem meios para reforçar o apoio às instituições de ensino superior. «Congratulamo-nos com isso, mas temos o direito de saber o que se passou», disse a líder social-democrata, interrogando José Sócrates se governa o país «com base na racionalidade ou com base no seu estado de espírito». «Nos últimos quatro anos as instituições fizeram mais com menos», respondeu o chefe do executivo, sublinhando ainda que o Governo conseguiu reforçar os meios das universidades sem aumentar as propinas, numa referência aos tempos de Ferreira Leite no Governo.«Na minha altura a lei obrigava que as propinas servissem para o apoio social», contrapôs a líder do PSD, acusando o executivo de agora utilizar esse dinheiro para pagar as despesas correntes das universidades.«Com todo esse seu azedume, apenas revela mau perder», replicou José Sócrates".
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