Li na RTP que "um grupo de socialistas, denominado Corrente de Opinião, manifestou perplexidade perante as declarações de José Lello que na RTPN acusou Manuel Alegre de "falta de carácter". Já ontem, o Movimento de Intervenção e Cidadania expressou "indignação" pelas críticas de Lello a Alegre. A maioria dos membros da Comissão Nacional do PS não quis comentar o assunto. No programa "Pontos de Vista", na RTPN, José Lello acusou Alegre de "falta de solidariedade" para com o PS, "que no fundo raiam a falta de carácter". O presidente da Assembleia Parlamentar da NATO sublinhava a "ambiguidade" de Manuel Alegre. O antigo candidato presidencial dizia que se a Constituição permitisse iria candidatar-se como independente "com o MIC ou com uma plataforma cívica alargada". Esta candidatura não visaria fazer oposição ao PS, seria antes "pela renovação da democracia e pelo próprio PS, porque isso iria abrir um espaço que forçaria a renovação da vida política e dos próprios partidos". O comunicado classifica as declarações de "desastradas, de quem tem por hábito apressar-se a retirar conclusões a partir de entrevistas que parece nem sequer ter lido". A Corrente de Opinião Socialista entende que as afirmações pouco dignificam a classe política e refere que Lello tem "o intrigante hábito de ofender quem aposta no debate crítico e na pluralidade política".
MIC condenou "atitude pouco digna" de Lello
Os membros do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) já ontem tinha saído em defesa do antigo candidato presidencial. "Como elemento do MIC considero ser um acto de cidadania reagir quando pessoas com responsabilidade neste país têm atitudes que pouco dignificam a classe a que pertencem, neste caso a classe política", sustentou Maria do Rosário Gama. A militante socialista argumenta que "há limites que não devem ser ultrapassados e esses foram-no quando José Lello fez um ataque ao carácter de Manuel Alegre".
Comissão Nacional do PS escolhe elementos para Comissão Política e Secretariado Nacional
Este é o primeiro encontro da Comissão Nacional socialista após o congresso de Espinho. Durante a reunião vão ser escolhidos os elementos que vão integrar a Comissão Política e o Secretariado Nacional do partido. André Figueiredo deverá ser a única novidade no Secretariado Nacional do PS, enquanto a Comissão Política irá receber de Edmundo Pedro. O "histórico" socialista afirmou recentemente que existe "um clima de medo" no partido, tendo depois rectificado que esta expressão se aplicava à sociedade portuguesa. As 35 moções sectoriais que foram apresentadas ao congresso não deverão ser debatidas e votadas, porque uma falha de energia eléctrica no congresso acabou por afastá-las da agenda.Almeida Santos recusou comentar a forma como Manuel Alegre toma posições políticas, dizendo que "tem direito á sua opinião".Almeida Santos sublinha que "Manuel Alegre não disse que gostaria de candidatar-se contra o PSD" e que a candidatura como independente às eleições legislativas, caso fosse permitida por lei, "seria um direito". Renato Sampaio considera que as acções de Manuel Alegre estão a chegar a um limite e que poderá ser interpretada como "falta de solidariedade" para com o secretário-geral do PS. José Sócrates, António Costa a Ana Gomes recusaram comentar as duas posições".
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