terça-feira, março 24, 2009

Segundo o Sol, "a justiça italiana condenou a dez anos de prisão um piloto tunisino que parou para rezar, ignorando vários procedimentos de emergência, durante a queda de um ATR-72 da Tuninter ao largo da Sicília, em 2005. Dezasseis pessoas morreram no desastre. O acidente aconteceu a 6 de Agosto de 2005. Um ATR-72 da Tuninter ligava a cidade italiana de Bari à estância balnear da ilha de Jerba, na Tunísia. Alguns quilómetros a norte da Sicília, o avião perdeu potência e os pilotos decidiram amarar no Mediterrâneo. Dezasseis dos 39 passageiros e tripulantes morreram no desastre. Na altura, o capitão Chafik Garbi foi considerado um herói por ter evitado a morte de 23 ocupantes da aeronave, mas a justiça italiana conclui agora que o piloto ignorou vários procedimentos de emergência que poderiam ter salvo mais vidas. Concretamente, o Ministério Público deu como provado que Garbi «entrou em pânico» e «preferiu rezar» a tentar levar o avião até ao aeroporto mais próximo, algo que a justiça italiana afirma ter sido possível. Com o piloto foram também condenados o co-piloto, o director da Tuninter e quatro técnicos de manutenção da companhia aérea tunisina. A justiça italiana deu igualmente como provado que o ATR-72 tinha partido de Bari sem combustível suficiente para chegar a Jerba, tal como a agência transalpina de segurança aeronáutica tinha apontado em 2007. Segundo a ANSV, o avião foi abastecido com uma quantidade de combustível correspondente ao modelo ATR-42, uma aeronave menor que o ATR-72. Em reacção à leitura da sentença, o advogado das vítimas admitiu que este foi um veredicto «sem precedentes», mas que «o próprio acidente não tem precedentes». «Nunca na história da aviação houve tamanha sucessão de falhas», declarou Niky Persico. A Tuninter, parte da Tunisair, foi banida dos céus italianos durante dois anos. Hoje, a companhia opera sob a marca Sevenair, ligando a Tunísia a Itália, Malta e à Líbia".
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