terça-feira, dezembro 30, 2008

Opinião: "Açores são a região do país com maior risco de pobreza"

Com o título "Açores são a região do país com maior risco de pobreza – e das piores na distribuição da riqueza", chamamos a atenção patra um artigo de opinião de Manuel Moniz, publicado no Diário dos Açores: "Onde é que os Açores se encaixam na mais recente discussão sobre a distribuição da riqueza e o risco de pobreza em Portugal, que esta semana marcou o noticiário nacional e o próprio debate quinzenal do Governo na Assembleia da República? Para o saber é preciso mexer um pouco mais fundo nos documentos do INE, porque os indicadores que foram divulgados simplesmente não se encontram desagregados por regiões. No entanto, em Novembro o INE havia igualmente publicado o seu Inquérito às Despesas Familiares relativo aos anos de 2005 e 2006 – e por aí poderá ter-se uma imagem de qual é a situação regional. E ela é má, graças a Deus.Simplesmente, os Açores são a região do país onde o risco de pobreza é maior e onde a desigualdade da distribuição da riqueza é mais acentuada – exactamente os itens que foram esta semana acesamente criticados para o conjunto do país. Por maioria de razão, essa discussão deveria ter sido maior nos Açores: no país, o risco de pobreza atinge 16% da população, enquanto que nos Açores essa taxa sobe para os 21% – a mais elevada de todas as regiões. Quanto à distribuição da riqueza, a nível nacional o coeficiente é de 34%, e os Açores acompanham esse valor – que é claramente influenciado pelos 37% de Lisboa. Não há, no entanto, razões para grandes satisfações: a disparidade de Lisboa é sobretudo resultado das grandes riquezas lá existentes como capital do país; comparando com todas as restantes regiões, os Açores são a que tem a maior desigualdade (Lisboa tem a mais baixa taxa de pessoas no limiar da pobreza: apenas 12%).Qual o valor que marca o limiar de pobreza? Em 2005, esse valor era de 5.794 euros por "adulto equivalente". (O número de "adultos equivalentes" é calculado utilizando a escala modificada de equivalência da OCDE, que atribui a um adulto (pessoa com idade igual ou superior a 14 anos) o valor 1.0, a cada um de outros adultos nessa família 0.5, e a cada criança 0.3. Assim, uma família com 2 crianças representaria 2,1 adultos equivalentes)". Leia tudo aqui.

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