Foi hoje revelado que "o crédito mal parado na banca portuguesa deve continuar a aumentar no futuro, de acordo com o Boletim Económico de Outono do Banco de Portugal. "O incumprimento tenderá a elevar-se, especialmente nos estratos mais vulneráveis das famílias, como sejam as de rendimento mais baixo e as mais jovens", refere o banco central. É nesses estratos que se encontram as taxas de esforço mais elevadas, nota ainda o banco central, sublinhando, contudo, que essas taxas são de "níveis moderados". Por isso, conclui a instituição liderada por Vítor Constâncio, os riscos para a estabilidade do sistema financeiro associados à dívida destas famílias serão "limitados". Em Setembro, o rácio de incumprimento encontrava-se nos 2,14 por cento dos créditos concedidos, valor que compara com os 1,73 por cento verificados em Dezembro. A justificar esta expectativa de subida do crédito malparado está o agravamento das condições de financiamentos dos bancos portugueses junto de outras instituições, com a subida dos custos dos empréstimos e a maior restritividade na aprovação dos créditos".
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Créditos à habitação caíram para metade
Também segundo o DN de Lisboa, "os empréstimos bancários à habitação caíram, em Agosto deste ano, 50% em relação ao mesmo mês do ano passado e é necessário recuar até Maio de 2003, ano em que o país esteve em recessão económica, para "descobrir" um menor volume de empréstimos.A produção de empréstimos hipotecários em Agosto último atingiu apenas os 899 milhões de euros, quando em 2007 (no mesmo mês) atingiu os 1,795 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal. Entre Julho e Agosto deste ano, os empréstimos para a compra da casa recuaram 25,4%. Desde Dezembro do ano passado que a tendência é clara os portugueses estão a contratar menos empréstimos à habitação, reflexo, porventura, do aumento das taxas de juro, do elevado endividamento, deterioração do poder de compra e da menor procura de habitação".
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