domingo, abril 20, 2008

Jornal diz que "aproximação a Jardim visa evitar aumento das autonomias"...

O semanário "Semanário" garante na sua última edição que "a visita do Presidente da República, Cavaco Silva, à Madeira e o cuidado de que ela se tem revestido, mesmo sujeitando o PR a algumas críticas, como as de António Vitorino e Manuel Alegre por Cavaco ter aceite não intervir no Parlamento Regional, cedendo à vontade do seu anfitrião, podem visar uma aproximação crucial a Alberto João Jardim, com o fim de evitar o aumento dos poderes regionais, que poderiam colocar em causa o Estado Unitário ou criar um federalismo fiscal na Madeira. Esta estratégia poderá explicar, também, as palavras de Jaime Gama de há quinze dias, tecendo grandes elogios a Jardim e a possível cimeira Jardim-Sócrates, a realizar sob o patrocínio de Cavaco Silva. A visita do Presidente da República, Cavaco Silva, à Madeira e o cuidado de que ela se tem revestido, mesmo sujeitando Cavaco a algumas críticas, como as de António Vitorino e Manuel Alegre por Cavaco ter aceite não intervir no Parlamento Regional, cedendo à vontade do seu anfitrião, pode visar uma aproximação crucial a Alberto João Jardim, com o fim de evitar o aumento dos poderes regionais, que poderiam colocar em causa o Estado Unitário ou criar um federalismo fiscal na Madeira. Esta estratégia poderá explicar, também, as palavras de Jaime Gama de há quinze dias, tecendo grandes elogios a Jardim, que foram também alvo de muitas críticas no seio do PS, deixando os socialistas madeirenses quase em estado de choque. A possibilidade de se tratar de uma estratégia comum entre vários titulares de órgãos de soberania, naturalmente com a responsabilidade primeira e o patrocínio de Belém, não é de excluir. Esta semana soube-se que Cavaco Silva está a envidar esforços para que se realize uma cimeira próxima entre Alberto João Jardim e José Sócrates, o que representaria um novo clima de relacionamento entre governos. No quadro desta estratégia, a intervenção de Jaime Gama teria sido, então, a primeira peça lançada.As preocupações de Cavaco com a Madeira podem-se ter avolumado nos últimos meses, coincidindo com declarações de Jardim mais centradas na necessidade de mais poderes autonómicos, consequência, também, do descontentamento de Jardim com a lei das finanças regionais e o alegado garrote financeiro que o governo da República se prepara para lhe fazer. A lei das finanças regionais pode, assim, ter sido o detonador fundamental da questão. O receio de Jardim exigir o federalismo fiscal, que implicaria uma separação de águas entre a Madeira e o Continente, sobre a matéria dos impostos é um dos temas da eleição na Madeira quando se fala em aumento dos poderes regionais".

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