Segundo o Expresso, "os portugueses tinham mais de 23 mil milhões de dólares investidos em paraísos fiscais no final de 2006. É um montante que corresponde a cerca de €14 mil milhões a câmbios actuais e que representa 15% de todo o investimento de carteira (acções, obrigações e outros activos financeiros) português no exterior. Trata-se de um aumento de mais de dez vezes em relação ao que se verificava em 1997, quando o total rondava os 2200 milhões de dólares. A maior parte desta verba pertence a particulares. São quase dez mil milhões de dólares, aproximadamente €6,3 mil milhões, que seriam praticamente suficientes, por exemplo, para pagar o projecto da Alta Velocidade que ronda €7 mil milhões. De seguida surgem as seguradoras, com um valor muito próximo, e só depois a banca. Curiosamente, o Estado tem também 235 milhões de dólares investidos nestes destinos. Não foi possível obter uma explicação do Ministério das Finanças para esta situação, que preferiu não comentar. O mais provável, dizem alguns especialistas, é poderem ser aplicações realizados em fundos domiciliados nestas regiões por parte de entidades públicas. O destino preferido do dinheiro português são as ilhas Caimão. Não é de estranhar, por isso, que os maiores bancos nacionais tenham representação ou subsidiárias neste arquipélago das Caraíbas. Os números do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que, há pouco mais de um ano, estavam aplicados neste paraíso fiscal quase 16400 milhões de dólares (cerca €10 mil milhões). O Estado tinha investidos 98 milhões de dólares".
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