sexta-feira, março 28, 2008

Imprensa diária vendeu menos 9 mil exemplares por dia em 2007

É a crise. Segundo escreve o Jornal de Negócios num texto do jornalista Adriano Nobre, "os cinco diários generalistas portugueses venderam, em média, menos nove mil exemplares por dia em 2007. O conjunto de vendas destes títulos recuou, assim, para perto de 321 mil exemplares diários, contra a média de 330 mil jornais do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa para o controlo de Tiragem e Circulação. Um comportamento justificado pelo facto de quatro dos cinco títulos deste segmento terem fechado o último ano em quebra de vendas na comparação com os resultados de 2006. A única excepção foi o "Correio da Manhã", que apresentou no último ano uma média de vendas de 115.361 exemplares por edição. Um resultado que permitiu à publicação da Cofina – proprietária do Jornal de Negócios – registar em 2007 uma variação positiva de 3,1% na sua média de circulação paga e reforçar a condição de líder neste segmento. Nos restantes títulos, a maior queda homóloga esteve a cargo do "24horas", cuja média de vendas recuou 13,6%, fruto de uma quebra dos 41.462 exemplares em 2006 para os 35.803 jornais em 2007. Com esta queda na média de circulação paga do "24horas", o "Diário de Notícias" fechou 2007 como quarto diário mais vendido do país: apesar do ligeiro recuo homólogo de 0,9% na média de jornais vendidos, o título da Controlinveste fechou o último ano com uma circulação paga diária de 36.237 jornais. Na terceira posição continua o "Público" que, ainda assim, na comparação com 2006 apresenta uma variação negativa de 5,5% na sua média de vendas, que em 2007 recuou dos 44.187 para os 41.764 exemplares. Igualmente em quebra mantém-se o "Jornal de Notícias", que fechou 2007 com um recuou homólogo de 3,8%, para 91.827 jornais vendidos diariamente. Na comparação entre o último trimestre de 2007 e o período homólogo, os resultados do segmento de imprensa diária reflectem a tendência anual no comportamento de vendas destes títulos: o "Correio da Manhã" foi o único a crescer, com ganhos de 1%. Nos restantes jornais, registam-se variação negativas de 10,5% no "Diário de Notícias", 7,9% no "Jornal de Notícias", 4,9% no "24horas" e 2% no "Público".

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