
Em alocução à plenária após a sua eleição, Luc Van den Brande expôs a sua visão e as suas prioridades para os próximos dois anos. A parceria foi o tema principal, com destaque para a urgência de as instituições da UE cooperarem mais de perto com os Estados‑Membros e os órgãos do poder local e regional. É essencial uma governação a múltiplos níveis para superar os desafios mais prementes para o público, como habitação a preços acessíveis, emprego, educação, aprendizagem ao longo da vida, cuidados de saúde para todos e solidariedade entre gerações.
«Temos que dissipar a noção da Europa como uma pirâmide hierárquica, com a UE acima dos Estados‑Membros, estes acima das regiões, e estas por sua vez acima dos municípios. Há que estabelecer uma nova parceria entre os diferentes níveis de governo que permita a cooperação entre esses níveis em pé de igualdade para alcançar objectivos comuns. Precisamos não de uma Europa das regiões, mas sim de uma Europa com as regiões, os municípios e as autarquias locais».
«Construamos a Europa em parceria», afirmou.
Numa era de globalização, a identidade local e regional é cada vez mais, e não menos, importante. «As pessoas procuram segurança e soluções nos níveis de governação que conhecem, que lhes são acessíveis e que podem contactar facilmente. A Europa que foi lançada como projecto económico deve evoluir para uma Europa dos cidadãos», disse. Luc Van den Brande definiu sete domínios prioritários aos quais o CR podia dar um valor acrescentado:
«Temos que dissipar a noção da Europa como uma pirâmide hierárquica, com a UE acima dos Estados‑Membros, estes acima das regiões, e estas por sua vez acima dos municípios. Há que estabelecer uma nova parceria entre os diferentes níveis de governo que permita a cooperação entre esses níveis em pé de igualdade para alcançar objectivos comuns. Precisamos não de uma Europa das regiões, mas sim de uma Europa com as regiões, os municípios e as autarquias locais».
«Construamos a Europa em parceria», afirmou.
Numa era de globalização, a identidade local e regional é cada vez mais, e não menos, importante. «As pessoas procuram segurança e soluções nos níveis de governação que conhecem, que lhes são acessíveis e que podem contactar facilmente. A Europa que foi lançada como projecto económico deve evoluir para uma Europa dos cidadãos», disse. Luc Van den Brande definiu sete domínios prioritários aos quais o CR podia dar um valor acrescentado:
1) a reforma do orçamento comunitário;
2) a política energética e as alterações climáticas;
3) os objectivos de Lisboa;
4) a política de coesão e o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial;
5) a diversidade cultural;
6) a política de vizinhança;
7) a governação a múltiplos níveis e a subsidiariedade.
Sobre o orçamento comunitário, observou que o CR apresentaria a sua posição inicial na reunião plenária de Abril, em conformidade com a proposta do grupo de trabalho sobre a matéria. No tocante ao plano para o clima recentemente lançado pela Comissão a fim de reduzir em 20% as emissões de CO2 até 2020, Luc Van den Brande propôs que o CR se associasse às autarquias regionais e locais para elaborar uma declaração de intenções e um plano de acção. O CR também organizará um fórum com a participação de fornecedores de energia, paralelamente à sua próxima reunião plenária.O novo relatório do CR sobre a parceria para o crescimento e o emprego, a apresentar aos líderes da UE no Conselho Europeu de Bruxelas de 13 e 14 de Março, chama a atenção para o contributo que as autarquias podem dar para alcançar os objectivos de Lisboa. O Presidente observou, contudo, que «demasiadas regiões, cidades e municípios estavam descontentes com o seu nível de participação nos programas nacionais de reforma». Salientou que o CR deveria aproveitar ao máximo as oportunidades criadas pelo Tratado de Lisboa para acompanhar a subsidiariedade e continuar a usar a sua rede de subsidiariedade para avaliar o impacto da legislação proposta nas autarquias locais e regionais, a fim de determinar os custos financeiros e humanos e os encargos administrativos adicionais. «Temos que elaborar um relatório anual sobre a subsidiariedade e organizar um fórum da subsidiariedade como parte desse processo. Para tal, convirá aprofundar as nossas relações com os parlamentos nacionais», acrescentou. Afirmou ainda que o CR procuraria tirar vantagem do êxito do seu diálogo estruturado com a Comissão e com as associações representativas das autarquias locais e regionais, para que este se torne «num instrumento indispensável para o exame dos projectos e soluções políticas na fase pré‑legislativa». Também continuaria a desenvolver a sua cooperação com o Parlamento Europeu – «o nosso parceiro natural».
O Presidente recordou que o CR festejaria o seu 15.º aniversário no próximo ano, o que constituiria uma excelente oportunidade para repensar a sua missão e as suas tarefas primordiais. «Tenciono promover um debate aprofundado e alargado, com base na análise dos nossos pontos fracos e fortes, das nossas oportunidades e limitações e da forma como somos vistos no exterior». Luc Van den Brande concluiu afirmando que o CR deveria procurar dar uma expressão simbólica à integração europeia. «Quero levar o Comité aos lugares onde a Europa foi construída (Estrasburgo), ferida (Dresden, Ypres) e transformada (Gdansk), aos lugares onde a Europa está a ser posta em causa (Praga) ou solicitada (Croácia), aos lugares onde a Europa está a ser renovada».
O Comité das Regiões
Cerca de dois terços da legislação da UE são aplicados pelas autarquias locais e regionais dos Estados‑Membros. O Comité das Regiões foi criado em 1994 para permitir aos representantes do poder local exprimir os seus pontos de vista sobre o conteúdo da legislação. O CR organiza anualmente cinco reuniões plenárias, nas quais os seus 344 membros se pronunciam sobre os relatórios, os chamados pareceres, elaborados na sequência de uma proposta legislativa. A Comissão Europeia, que tem a iniciativa da legislação comunitária, e o Conselho, que determina o conteúdo final desta legislação (normalmente em conjunto com o Parlamento Europeu), consultam o CR num amplo leque de domínios políticos, nomeadamente ambiente, emprego e transportes.
Sobre o orçamento comunitário, observou que o CR apresentaria a sua posição inicial na reunião plenária de Abril, em conformidade com a proposta do grupo de trabalho sobre a matéria. No tocante ao plano para o clima recentemente lançado pela Comissão a fim de reduzir em 20% as emissões de CO2 até 2020, Luc Van den Brande propôs que o CR se associasse às autarquias regionais e locais para elaborar uma declaração de intenções e um plano de acção. O CR também organizará um fórum com a participação de fornecedores de energia, paralelamente à sua próxima reunião plenária.O novo relatório do CR sobre a parceria para o crescimento e o emprego, a apresentar aos líderes da UE no Conselho Europeu de Bruxelas de 13 e 14 de Março, chama a atenção para o contributo que as autarquias podem dar para alcançar os objectivos de Lisboa. O Presidente observou, contudo, que «demasiadas regiões, cidades e municípios estavam descontentes com o seu nível de participação nos programas nacionais de reforma». Salientou que o CR deveria aproveitar ao máximo as oportunidades criadas pelo Tratado de Lisboa para acompanhar a subsidiariedade e continuar a usar a sua rede de subsidiariedade para avaliar o impacto da legislação proposta nas autarquias locais e regionais, a fim de determinar os custos financeiros e humanos e os encargos administrativos adicionais. «Temos que elaborar um relatório anual sobre a subsidiariedade e organizar um fórum da subsidiariedade como parte desse processo. Para tal, convirá aprofundar as nossas relações com os parlamentos nacionais», acrescentou. Afirmou ainda que o CR procuraria tirar vantagem do êxito do seu diálogo estruturado com a Comissão e com as associações representativas das autarquias locais e regionais, para que este se torne «num instrumento indispensável para o exame dos projectos e soluções políticas na fase pré‑legislativa». Também continuaria a desenvolver a sua cooperação com o Parlamento Europeu – «o nosso parceiro natural».
O Presidente recordou que o CR festejaria o seu 15.º aniversário no próximo ano, o que constituiria uma excelente oportunidade para repensar a sua missão e as suas tarefas primordiais. «Tenciono promover um debate aprofundado e alargado, com base na análise dos nossos pontos fracos e fortes, das nossas oportunidades e limitações e da forma como somos vistos no exterior». Luc Van den Brande concluiu afirmando que o CR deveria procurar dar uma expressão simbólica à integração europeia. «Quero levar o Comité aos lugares onde a Europa foi construída (Estrasburgo), ferida (Dresden, Ypres) e transformada (Gdansk), aos lugares onde a Europa está a ser posta em causa (Praga) ou solicitada (Croácia), aos lugares onde a Europa está a ser renovada».
O Comité das Regiões
Cerca de dois terços da legislação da UE são aplicados pelas autarquias locais e regionais dos Estados‑Membros. O Comité das Regiões foi criado em 1994 para permitir aos representantes do poder local exprimir os seus pontos de vista sobre o conteúdo da legislação. O CR organiza anualmente cinco reuniões plenárias, nas quais os seus 344 membros se pronunciam sobre os relatórios, os chamados pareceres, elaborados na sequência de uma proposta legislativa. A Comissão Europeia, que tem a iniciativa da legislação comunitária, e o Conselho, que determina o conteúdo final desta legislação (normalmente em conjunto com o Parlamento Europeu), consultam o CR num amplo leque de domínios políticos, nomeadamente ambiente, emprego e transportes.
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