quinta-feira, novembro 01, 2007

Coisas absurdas (II)

Tal como esperava, até porque é um dos fundadores da tal nova organização denominada "Res Pública", o deputado socialista Carlos Pereira insurgiu-se contra a minha opinião relativamente a esta iniciativa. Desde já gostaria de referir que não retiro uma vírgula. Se lerem o DN da Madeira de hoje, fácil e certamente perceberão que esta organização nasceu em circunstâncias pouco claras. Repare o deputado Carlos Pereira que eu não contexto a constituição deste tipo de organizações. O que eu contestei foi o discurso utilizado, pois pareceu-me - caso esteja enganado, que me desminta - que alguns dos oradores se comportavam como "donos" da sociedade civil, da sua consciência, da sua vontade., da sua forma de pensar. Só isso. Mas, já agora, o que vão fazer o PS e o PND? Não será que os pretensos objectivos desta organização deveriam ser os objectivos dos partidos? Não seria melhor que os dois partidos se afirmassem junto das pessoas em vez de andarem cada vez mais diluídos em protagonismos efémeros ou, nalguns casos, nem sequer "sinal de vida" conseguem dar, passadas que estão as eleições? Já agora pergunte ao seu companheiro de partido JCG, onde anda e para que serve a organização que ele criou em resposta à "Fama" de Gabriel Drumond? Eu tenho a certeza de o deputado Carlos Pereira, agora, percebe melhor a minha opinião, até porque sou um homem dos partidos, mesmo considerando todos os seus erros e virtudes. Finalmente, deputado Carlos Pereira, acha mesmo que a sociedade civil madeirense, exceptuando os eleitores no PS e no PND, acredita neste tipo de organizações que partem de deputados da oposição, políticos activos, que obviamente, por esse facto, transformam a "Res Pública" num tentáculo, mais um, dos partidos da oposição envolvidos no projecto? Agora não confunda por favor: eu não contesto, não comento nem tenho rigorosamente sequer o direito de o fazer, a liberdade de qualquer cidadão, mesmo que deputado, mesmo que da oposição, constitua uma organização qualquer e que diga que ela se destina a servir todos, incluindo os que não votaram nos partidos a que pertencem os fundadores.

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