sexta-feira, março 16, 2007

Mães

Mãe! Penso que para qualquer um de nós não deve haver ninguém nem nada neste mundo que mereça mais respeito, mais estima, mais consideração, mais amor que uma mãe. Felizes os que as desfrutam na sua plenitude, que se sentem amparados, que sabem que por muitas desgraças que os possam atingir, nunca ficarão sozinhos, Infelizes os que ignoram esta realidade, maltratam as mães, ignoram-nas, atiram-nas para asilos de idosos, abandonadas à sua sorte, que nem a visita de filhos recebem. Malditos e infelizes esses que assim se comportam, sem justificação, sem o direito de viverem, porque não sabem respeitar e amar quem lhes deu vida e tudo o que tinha e podia. Infelizes os que muito cedo, cedo demais, se viram privados dessa companhia, dessa âncora, desse porto de abrigo sempre pronto a albergar os seus filhos quanto as tempestades se aproximam. Eu não entendo, nunca entendi, como é possível um filho ignorar a sua própria mãe. Vem isto a propósito de mais um exemplo, que dispensa comentários:
“Mãe e bebé de oito meses são internados hoje nos Hospitais da Universidade de Coimbra: Ana vai doar parte do seu próprio fígado para salvar o filho David
Sem tempo para ficar em lista de espera por um órgão de um dador morto - David sofre de cirrose - Ana, de 23 anos, diz: "Não tenho medo, sei o risco que corro, não penso nisso." Operária fabril de Alqueidão de Santo Amaro, em Ferreira de Zêzere, vai ter que ficar dois meses em repouso absoluto. Nessa altura será o pai, que é servente, quem deixará de trabalhar para tomar conta de David, de oito meses, primeiro e único filho do casal”. Pensem nisto, sobretudo essas bestas que por aí andam, alguns deles cheios de dinheiro (e de dúvidas aos bancos) armados em ricos, paras os quais é “chique” ignorar mães doentes ou colhidas pelas contingências da própria vida, pela idade ou pela doença. Eu nem sei como é que esses escroque andam por aí de cabeça erguida. Obviamente que não estou a generalizar, era o que me faltava. Mas existem casos, porventura mais do que aqueles que imaginamos. Têm dúvidas? Acham exagerado»? Pois convido-os a irem aos lares de idosos ou aos hospitais também na Madeira. E só depois disso digam-me alguma coisa.

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