Aborto IV
A campanha do referendo de 11 de Fevereiro – que continua a ser manipulada por dirigentes políticos que se metem em tudo, que falam de tudo, do que sabem e do que nãos abem, que partidarizam tudo o que se passa na sociedade portuguesa – continua a ser um exemplo de patetice intragável. E as mulheres? Onde andam delas? As iluminadas e histéricas raparigas ou senhoras mais crescidas da esquerda que há anos dizem o mesmo como se em Portugal se fizessem abortos todos os segundos. E as mulheres? Onde andam elas? As iluminadas fundamentalistas e histéricas da direita, que se comportam como se em pleno século XXI fossemos obrigados a ter que engolir os argumentos que nos andam a vender? O que os portugueses, que vão votar, precisam de saber é se o que está em causa é a liberalização ou a despenalização do aborto. E pelo menos até hoje, passados dias de folclore e de troca de argumentos absurdos que apenas confundem as pessoas que deviam, ser esclarecidas, a mediocridade continua. Quando sugerem que se deve ajudar as mulheres para que combata o aborto não há uma atitude ridícula subjacente a tudo isto? Ajudar como? Quando? Em que medida? Eu já decidi o que não vou fazer a 11 de Fevereiro. Lamentando sempre que me aperceba que as mulheres se sentem cada vez mais inibidas de pensarem e de votarem, porque olhar para os políticos e apercebem-se que se tratam, de glutões que tudo fazer para se apoderarem das suas consciências e manipular as suas convicções. Deixem as mulheres pensar por si, deixem-nas livres, de tutelas de políticos tontos (basta ver todos os dias a televisão) que não percebem que não tem rigorosamente nada a ver com este debate que deve ser livre. Eu já decidi o que não vou fazer a 11 de Fevereiro, convictamente, com liberdade, com uma absoluta paz com a minha consciência. Será um decisão contra esta ideia ridícula que parece que as mulheres em particular e os cidadãos em geral passaram alguma procuração a Louças, Rosas, Jerónimos, Mendes, Castros, Sócrates, Bagões, músicos, artistas, pintores, etc, para decidirem por eles, para falarem por eles, para votarem por eles.
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