Dinheiro?
Noticiou hoje o “Correio da Manhã” - o tal jornal que alguns iluminados da esquerda intelectualóide procuram ridicularizar, mas que tem vindo a denunciar situações que preocupam os portugueses – noticiou que há três meses, os portugueses deviam 115,1 mil milhões de euros aos bancos, entre empréstimos para habitação, consumo e outros fins, e tinham depositado em poupanças 92,1 mil milhões de euros. O que representa um saldo negativo superior aos 23 mil milhões de euros. Os dados da autoridade monetária nacional revelam que este défice entre empréstimos e poupanças tem vindo a agravar-se desde 2004. O ano de 2003 foi o último em que as poupanças ultrapassaram o endividamento – no final daquele ano, os portugueses tinham 86 mil milhões de euros depositados, contra 84,5 mil milhões de euros em empréstimos. Um ano mais tarde, o saldo agrava-se se forma negativa em 1,9 mil milhões de euros, ou seja, havia 90,4 mil milhões de euros em créditos, contra 88,5 mil milhões de euros em depósitos. Daí para cá, o défice não tem parado de aumentar, atingindo no último trimestre do ano passado o seu valor mais alto. Mas qual é o espanto? Será que alguém duvida que, com uma conjuntura de apertar o cinto permanente imposta aos portugueses, com um governo que entende que só consegue recuperar a situação orçamental montado às costas dos cidadãos, penalizando-os cada vez mais, seria possível outro desfecho? Tenham vergonha.
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