segunda-feira, janeiro 08, 2007

Um absurdo

Bernardo Martins - e as opiniões pessoais, tal como sempre afirmei, são respeitadas, mesmo que com elas não concorde - num artigo de opinião que li no DN local foi desastroso na patetice:
"De 2006, negativamente, retemos o 'excessivo ruído' do PSD/Madeira à volta da Lei das Finanças Regionais, na tentativa de desviar a atenção dos problemas da Madeira (pobreza, desemprego, insustentabilidade económica, nova vaga de emigração, sobreendividamento, etc.), a postura guerrilheira e a linguagem malcriada do Presidente do Governo, envergonhando o nome da Madeira, a nível nacional e internacional" (...).
Mas absolutamente anormal foi a seguinte passagem:
"A nível parlamentar, 2006 foi o pior ano, por incidentes da exclusiva responsabilidade da maioria: a avaliação psiquiátrica do deputado João Carlos Gouveia; as agressões verbais a elementos da Oposição e a tentativa de agressão física de Jaime Ramos ao representante do PS, na Conferência de Líderes; a proibição de intervenção da Oposição no 'Dia da Região'; as limitações de acesso aos jornalistas. Junte-se a nítida desorientação política do PSD: num dia, quer eleições antecipadas, noutro já não quer; num dia, o novo hospital é a prioridade, noutro a prioridade é um estádio de futebol" (...).
Finalmente, num remate delirante, provavelmente por vaguear noutras galáxias, retive esta passagem absolutamente extraordinária:
"Em 2006, apesar das adversidades que enfrentou, o PS voltou a ser marcante na vida política madeirense. Foi, positivamente, marcante nos debates da Assembleia Legislativa, centrando o debate nos problemas regionais, contrariando a estratégia do PSD de virar a sua objectiva para a Lei das Finanças Regionais. Um bom exemplo do incómodo da combatividade do PS foi a recente atitude do PSD e do Governo Regional que abandonaram a Assembleia, quando os Presidentes do PS-Madeira e do seu Grupo Parlamentar discursavam” (...)
O meu único comentário é este: realmente estamos a precisar de eleições rapidamente para que a mediocridade desapareça de vez do nosso Parlamento, tenha isso os custos que tiver. Com "artistas" deste calibre realmente a autonomia não pode ganhar prestígio nem qualidade.

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