segunda-feira, janeiro 22, 2007

Coerência

O líder do PSD, Luís Marques Mendes, apelou à “não partidarização” do referendo sobre o aborto, considerando que a despenalização da interrupção voluntária da gravidez é uma questão de cidadania e consciência. “Não tenhamos a tentação de partidarizar o que não é partidarizado”, defendeu Marques Mendes, na abertura da conferência nacional sobre aborto organizada pelo PSD, partido que não tem posição formal sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Confesso que não sei se há alguem que acredite que, de uma forma ou de outra, os partidos não estão envolvidos nesta questão. Penso mesmo que se não forem os partidos a mobilizar as pessoas - obviamente a par de outras instituições - teremos a 11 de Fevereiro um nivel de abstenção perigosamente vergonhoso. Quanto a Marques Mendes, então os 500 mil euros que PS e PSD vão gastar neste referendo não partidarizam? Ora bolas...

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