O mais recente barómetro feito pela Comissão Europeia (Eurobarómetro), relativo à Zona Euro, revelou que quase 70% da população dos 27 Estados-membros considera que a moeda única é algo bom para União Europeia (UE). De acordo com as estatísticas, reveladas esta sexta-feira, 69% dos inquiridos, ou seja, mais de dois terços, considera que o euro é algo bom para o seu próprio país. Portugal, neste indicador, está 1% abaixo da média europeia: 68% dos portugueses inquiridos consideravam o euro bom para o nosso País. 13% dos europeus inquiridos consideravam que era “difícil” ou “muito difícil” lidar com todas a moedas de euro, com 27% a achar que existem demasiadas moedas.
Assim, segundo o Eurobarómetro, 64% dos inquiridos de países-membros da UE defende o fim das moedas de 1 e 2 cêntimos. Os dados revelam que 72% dos cidadãos da UE já não converte preços na moeda antiga quando estão a comprar produtos em euros. Mais de metade acha que a moeda única tornou mais fáceis e menos dispendiosas as viagens, contra 39% que considera que viajar está mais caro e mais difícil com o euro. Quatro em cada dez cidadãos da UE admitem que o euro reduziu as taxas bancárias quando se está em viagem, por exemplo a levantar dinheiro, em países da UE e 79% concorda que a moeda única veio tornar os negócios na UE mais fáceis.
Mais de oito em cada dez europeus considera que a moeda única torna mais fácil comparar preços de produtos em diferentes países, incluindo online, revelam os dados da Comissão Europeia.
Quando ao aumento do custo de vida, 79% da população da UE acha que a taxa de inflação deste ano vai ser mais alta do que no ano passado, um aumento de 12% quando comparado ao observado no mesmo inquérito feito entre outubro e novembro de 2021.
Olhando apenas aos dados de Portugal, pouco mais de metade da população acha que a inflação este ano vai ser mais alta do que no ano passado: 54% responderam que sim, com 22% a achar que se vai manter no mesmo valor.
Funcionamento das economias
O Eurobarómetro revela que 80% dos cidadãos da UE concordam ou tendem a concordar que são necessárias reformas para melhorar as economias dos países europeus. Em Portugal, a percentagem é ligeiramente mais alta: 90% dos portugueses “concorda totalmente” ou “tende a concordar” na necessidade de haver mudanças no funcionamento do sistema económico.
Os sistemas de saúde, de educação e o mercado de trabalho são as áreas onde os europeus consideram que é mais importante haver reformas: 72% consideram que as mudanças são mais importantes na saúde. Em Portugal, a população destaca como muito importantes mudanças na segurança social (92%), sistema de saúde (89%) e pensões (89%) (Multinews, texto do jornalista Pedro Zagacho Gonçalves)
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