quarta-feira, dezembro 16, 2020

Sondagem: Um em cada quatro portugueses querem esperar até decidirem vacinar-se contra a covid-19

 


A sondagem da Universidade Católica para RTP mostra que só 61% é que querem levar a vacina assim que forem chamados. Ao fim de nove meses de pandemia, a grande maioria dos portugueses concorda com o atual estado de emergência e com as medidas previstas para o Natal e o Ano Novo.

Enquanto 61 por cento responde que irá receber a vacina logo que for chamado, 19 por cento diz eu irá adiar “algum tempo” a sua vez de tomar a injeção, 5% diz que adiará “muito tempo”. Oito por cento dos inquiridos diz mesmo que não vai querer ser vacinados. Outros oito por cento dizem ainda não saber ou não quiseram responder. Nesta questão, não foram encontradas diferenças significativas entre escalões etários.

Inquiridos concordam com estado de emergência

O estado de emergência mereceu a concordância de 85% dos inquiridos. Dois por cento não sabem e não respondem. Há 13% de pessoas que não concordam com o estado de emergência vigente. 5,2% consideram as medidas exageradas e desnecessária, 4,4% considera as medidas adequadas mas desnecessárias, considerando que as pessoas tomariam as precauções. 3,4% consideram as medidas insuficientes e preferiam ver implementadas medidas mais restritivas.

Natal e Ano Novo

Sobre as medidas tomadas pelo Governo para o Natal, 62% concorda com as medidas, 28% consideram que deviam ser mais apertadas e 8% consideram que deviam ser mais relaxadas. 3% não sabe ou não responde. Quanto à Passagem do Ano, 59% do inquiridos concordam com as medidas, 31% considera que as medidas deviam ser mais apertadas e 8% consideram que deveria ser menos apertadas.

Quase metade dos inquiridos (49 por cento) dizem que "cumpre apenas o imposto pela situação de emergência", enquanto 38% diz que tem cumprido mais do que o exigido pela DGS e Governo. 7 por cento diz que vai muito além das recomendações e determinações. 5% confessa que não consegue cumprir tudo o que lhe é imposto. Apenas 0,2% dos inquiridos dizem que não concordam e não cumpre as disposições impostas.

PR com a melhor avaliação

O Presidente da República é aquele que reúne uma melhor avaliação neste contexto de pandemia. 57% considera que teve uma ação “boa/muito boa”, 34% consideram a atuação “razoável” e 7% considera “má/muito má”. Em comparação, houve uma descida no número dos que consideram a atuação “boa/muito boa”: era de 61% em julho e é agora de 57%. Mas houve também uma descida no número de pessoas que consideram a atuação “má/muito má”. Era de 10% em julho e passou a 7% agora.

Para 45% dos inquiridos, a atuação do primeiro-ministro foi “razoável” (era 36% em julho), para 41% foi “boa/muito boa” (em julho era de 51%). Para 13% foi “má ou muito má”. A ministra da Saúde terá tido uma atuação “razoável” para 49% das pessoas, “boa/muito boa” para 32% e 16% consideram que é “má ou muito má”. A DGS tem tido uma atuação “razoável” para 47% dos inquiridos, 37% consideram “boa/muito boa” e 14% dos inquiridos consideram que foi “má/muito má”. Para 65% dos inquiridos, a atuação dos profissionais de saúde tem sido “muito boa”. Para 25% foi considerada “boa” e para 7% foi “razoável”. Apenas 2% consideraram ser “má” ou “muito má”.

SNS

O estado do Serviço Nacional de Saúde e dos hospitais é considerado “razoável” por 39%, 31% considera ser “Bom”. Para 10% o SNS é considerado “Muito Bom”, igual número de inquiridos que o considera “Mal”. 4% considera que está “muito mal”. 6 por cento não sabe ou não responde. De acordo com esta sondagem, a perceção de perigosidade do vírus para o próprio, ela sobe com a idade. No entnato, há uma percepção de elevado risco para a população em geral, em todos os grupo etários.

Ficha Técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP e para o Público entre os dias 4 e 11 de dezembro de 2020. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel e telefone fixo, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone(CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1315 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres, 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M.de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 34%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1315 inquiridos é de 2,7%,com um nível de confiança de 95% (RTP)

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