Se as eleições legislativas se realizassem agora, o PS venceria com 37%
dos votos, de acordo com a estimativa de resultados eleitorais. A sondagem da
Universidade Católica para a RTP e jornal Público coloca o PSD com 30%,
diminuindo assim a vantagem que PS teve nas eleições legislativas de 2019 em
relação ao PSD. O Bloco de Esquerda e a CDU conquistariam 7% dos votos. O Chega
conseguiria 6% dos votos e o Iniciativa Liberal 5%, um crescimento em relação
aos resultados obtidos nas eleições de 2019.
No que toca à intenção de ir votar, 63% dos inquiridos referiram que “De certeza” que iriam votar. 22% disseram que “em princípio” iriam votar, enquanto 9% ainda não sabiam se iriam ou não. 1% confessou que não tencionava ir votar, enquanto 5% garantiram que “de certeza não iriam votar”.
O CESOP-Universidade Católica recorreu a 1315 inquéritos, com uma margem de erro de 2,7%, com um nível de confiança de 95%. Uma distância de sete pontos separa PS e PSD na sondagem realizada pela Universidade Católica entre os dias 4 e 11 de dezembro. O PS surge à frente na estimativa de resultados eleitorais, com 37%. O PSD conquistaria 30%.
Tendo em conta a margem de erro da sondagem – 2,7% - , os intervalos
mínimo e máximo dos dois partidos ficariam próximos. O PS estaria no intervalo
entre os 40 e os 34%, enquanto o intervalo do PSD está entre 33 e 27%. Nas
eleições de 2019, PS tinha conquistado 36,34% dos votos e PSD 27,76%. A
distância entre os partidos encurta-se nesta sondagem da Católica.
O partido de extrema-direita Chega é o que mais sobe nesta sondagem em
comparação com as últimas eleições. Conquistaria 6% dos votos, enquanto o Iniciativa
Liberal chegava aos 5%. Ambos os partidos tinham tido 1,29% dos votos em 2019 e
ambos contam com um deputado no parlamento neste momento.
Só depois surge o CDS-PP, com 3% dos votos. Nas eleições tinha atingido
os 4,22%. O PAN conseguiria 3% dos votos, sensivelmente o mesmo que tinha
conseguido nas urnas (3,32% em 2019).
As estimativas de resultados eleitorais são obtidas calculando a
percentagem de intenções diretas de voto em cada partido em relação ao total de
votos válidos (excluindo abstenção e não respostas) e redistribuindo indecisos
com base numa segunda pergunta sobre intenção de voto. São apenas consideradas
intenções e inclinações de voto de inquiridos que dizem ter a certeza que vão
votar, ou seja 828 dos 1315 inquiridos. Estas estimativas têm valor meramente
indicativo, dado que diferentes pressupostos poderão gerar resultados
diferente, alerta a Universidade Católica.
A intenção direta de voto é de 24% no PS, 18% no PSD, 4% no BE, 4% na
CDU, 4% no Chega, 3% no IL, 2% no CDS-PP e 2% no PAN.
A percentagem de indecisos é expressiva. Há 25% dos inquiridos que diz
“não saber” em quem votaria.
Votantes do CDS em 2019 agora indecisos
Se analisarmos a distribuição das intenções de voto, destaque para o
facto de 42% dos inquiridos que votaram no CDS-PP nas legislativas de 2019
afirmar que “não sabe” em quem votar se as eleições fossem realizadas agora.
Apenas 34% iria votar de novo no partido.
80% dos que votaram CDU em 2019 continuariam a votar na coligação entre
PCP e “Os Verdes”.
Entre os que votaram no PS, 69% manteria a intenção de voto nos
socialistas agora. 19% confessou “não saber em quem votar”.
61% dos que votaram PSD nas eleições de 2019 continuaria a votar no partido agora. 19% afirmou estar indeciso. A “fidelidade” ao BE é de 58%, a percentagem de votantes que escolheram os bloquistas em 2019 e que afirmou que iria fazê-lo agora de novo. No caso do PAN, 67% dos votantes em 2019 voltariam a voar pelo partido Pessoas-Animais-Natureza. No caso do Chega e Iniciativa Liberal, a percentagem dos que voltariam a votar nesses partidos é de 73%.
Ficha Técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP e para o Público entre os dias 4 e 11 de dezembro de 2020. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel e telefone fixo, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone(CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1315 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres, 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M.deLisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 34%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1315 inquiridos é de 2,7%,com um nível de confiança de 95% (RTP)
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