Os portugueses
estão mais pessimistas do que há cinco meses e acreditam que o pior da pandemia
ainda está para chegar.
De acordo com uma
sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e SIC, em comparação com os resultados
obtidos em maio, o número de inquiridos que ainda temem um agravamento da
situação, passou de cerca de metade para
77%. São agora menos, apenas 12%, os que confiam que o pior já passou.
A situação
económica e financeira continua a ser a maior preocupação, sobretudo para quem
perdeu rendimentos desde o inicio da pandemia. Apenas 5% dos inquiridos não se
mostram inquietos com o impacto nas contas.
O estudo mostra
ainda níveis de preocupação semelhantes em relação à situação da saúde pública
e um número maior de inquiridos preocupados com o impacto das restrições nas
liberdades e direitos cívicos. Revela também que quanto mais velhos são os
inquiridos maior é o grau de preocupação.
Sobre o regresso à escola, a maioria dos inquiridos considera que independentemente do grau de ensino, as aulas presenciais devem ser a regra. No caso do ensino até ao sexto ano, apenas 20% entendem que devia existir um misto de aulas presenciais e de ensino à distância. E são menos os que defendem que as aulas em casa devem ser a solução preferencial. Resultados semelhantes para o ensino do sétimo ao 12º ano, mas com mais inquiridos a defenderem uma solução hibrida.
Quanto ao uso de
máscara, a esmagadora maioria dos inquiridos entende que deve ser obrigatório,
seja em que espaço for, sempre que não seja possível manter o distanciamento.
Na rua e com a devida distância assegurada a maioria não vê necessidade de usar
máscara.
Questionados sobre
o momento certo para levantar restrições, as opiniões dividem-se. Desde Maio,
aumentou o receio de que o regresso à normalidade demore demasiado tempo, mas
continuam a ser mais aqueles que temem que não se espere tempo suficiente para
o fazer (Executive Digest)
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