A França anunciou
na quarta-feira um novo confinamento à escala nacional para tentar travar a
propagação do novo coronavírus, juntando-se assim à Irlanda e ao País de Gales,
os únicos na Europa que avançaram, até à data, com esta medida. Segundo o
Presidente francês, Emmanuel Macron, que falava num discurso transmitido pela
televisão, é necessária uma “travagem brutal nos contágios” para evitar o colapso
dos hospitais. O novo confinamento, que vigorará pelo menos até 1 de dezembro,
começará sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas. As novas
medidas em França preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o
período do novo confinamento.
Na Europa, apenas
o País de Gales (Reino Unido) e a Irlanda voltaram a confinar toda a sua
população antes do anúncio desta quarta-feira do Presidente francês, Emmanuel
Macron. Para tentar lidar com uma segunda vaga da doença covid-19 (provocada pelo
novo coronavírus SARS-Cov-2), os quase cinco milhões de irlandeses foram os
primeiros na Europa a entrar neste novo período de confinamento na passada
quinta-feira. A medida foi decretada para um período de seis semanas.
Já os cerca de três milhões de galeses entraram em confinamento no dia seguinte, na sexta-feira passada, e terão de permanecer em casa o maior tempo possível durante cerca de duas semanas, ou seja, até 9 de novembro. No entanto, ao contrário do confinamento decretado na primavera passada, as escolas permanecem abertas. Numa escala mais pequena, cerca de 150 mil habitantes de três municípios do norte de Portugal – Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira – também entraram na passada sexta-feira num “semi” confinamento.
Na Alemanha, as autoridades decretaram na quarta-feira o encerramento parcial, a partir de segunda-feira e durante quatro semanas, de restaurantes, bares, teatros, instalações desportivas, culturais e de lazer, mas sem avançarem para um reconfinamento da população. Os cidadãos são convidados a evitar deslocações desnecessárias. As escolas vão permanecer abertas, assim como todas as lojas, mas com regras mais rígidas. Fora da Europa, e nos últimos meses, novos períodos de confinamento já foram decretados em países como Israel e Líbano, em cidades como Auckland (Nova Zelândia) e Melbourne (Austrália), ou em grandes zonas nas Filipinas.
Se o
reconfinamento total da população é ainda uma opção minoritária na Europa, as
medidas de recolher obrigatório estão a aumentar. Antes de voltar a confinar, a
França impôs esta medida em 17 de outubro, das 21h00 às 6h00 da manhã, nas
cidades do país mais afetadas pelo novo coronavírus. Uma semana depois, a
medida seria alargada a dois terços da população francesa.
Espanha, Bélgica,
Luxemburgo, Eslovénia, Eslováquia e República Checa também decretaram
recolheres noturnos nacionais, enquanto em Itália e na Grécia a medida abrange
só grandes cidades ou regiões específicas. Esta medida é frequentemente
apresentada como um último recurso para evitar um novo confinamento total da
população. É geralmente acompanhada de outras medidas de restrição que são
aplicadas durante o período diurno, como, por exemplo, a obrigação de usar
máscara de proteção individual, o encerramento de bares e de locais culturais e
a imposição de limites para ajuntamentos de pessoas (Executive Digest)
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