Excedente da ADSE vai crescer em 2020 “pelos piores
motivos”
Houve uma redução de 35% das faturas apresentadas pelos beneficiários à ADSE em 2020. Tal deverá levar a um excedente superior aos 50 milhões de euros registados em 2019.
A presidente da ADSE (Instituto de Proteção e Assistência na Doença)
admite que o excedente da operação em 2020 será superior ao do ano passado por
causa da quebra da despesa devido à pandemia. “Pelos piores motivos“,
classifica Maria Manuela Faria, explicando em entrevista ao Jornal de Negócios
e à Antena 1 que os custos diminuíram porque houve menos consultas devido ao
“medo no recurso aos cuidados de saúde” no início da pandemia.
Em 2019, a ADSE conseguiu um saldo positivo de 50 milhões de euros, o
qual deverá ser superado este ano com a quebra do número de consultas e meios
de diagnóstico verificada até ao verão. Em concreto, houve uma redução de 35%
das faturas apresentadas à ADSE pelos beneficiários. Quanto aos atrasos nos
reembolsos, a presidente assegura que a regularização passará a ser de 60 dias,
graças ao recurso a serviços externos, existindo neste momento 230 mil
reembolsos por fazer.
Maria Manuela Faria também esclareceu que as negociações com os privados
relativamente aos valores das tabelas estão a “correr bem”, após o confronto do
ano passado. A presidente da ADSE garante que a revisão não se traduzirá num
aumento exponencial de transferências financeiras para os privados. Contudo, as
novas tabelas não deverão estar prontas para entrarem em vigor em janeiro do
próximo ano (ECO)
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