Um inquérito internacional feito no âmbito da pandemia revela que os portugueses davam cerca de 30% do seu salário para acabar com a pandemia de covid-19. Foi perguntado a quase 500 portugueses quanto estariam dispostos a oferecer do seu salário para que a pandemia terminasse. Em média, dispensariam 28,5% do seu salário, sendo que a população mais jovem daria um valor maior do que a mais velha. Os jovens entre os 18 e os 25 anos disseram ser capazes de oferecer 40% do salário. A percentagem para pessoas com mais de 45 anos foi de apenas 24%. Além disso, quase metade (42%) gostaria que a vacina chegasse primeiro a Portugal. Já 52% considera que a vacina deveria chegar a todo o mundo, isto é, a todos os países em simultâneo, e 6% defende que devia ser o país mais afetado pelo novo coronavírus a recebê-la primeiro.
Neste ponto, os Estados Unidos são o país mais ‘egoísta’ – tem a maior percentagem do grupo de países da amostra no que toca à disponibilização de uma vacina no seu país. Ou seja, mais americanos querem ser os primeiros a receber a vacina à frente do resto do mundo. De referir que, a nível global, os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia. Têm o maior número de casos e de mortes: 8,7 milhões e 226 mil, respetivamente, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O inquérito internacional em causa recolheu dados de quase 12 mil pessoas, de 137 países. Em Portugal teve como parceiro o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).
Foi coordenado por
investigadores do Centro de Segurança e Desenvolvimento Internacional, do
Instituto Mundial de Investigação em Economia do Desenvolvimento da
Universidade das Nações Unidas, do Instituto Leibniz de Culturas Vegetais e
Ornamentais e do Instituto de Estudos de Desenvolvimento (Executive Digest,
texto da jornalista Mara Tribuna)
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