O presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, rejeitou que o
banco tivesse sido beneficiado pelas autoridades na aquisição do Banif no final
do ano, revelando que ficou com ativos de qualidade duvidosa da instituição que
foi alvo de uma medida de resolução.
“Não tivemos nenhum benefício dado pelas autoridades na aquisição do
banif”, garantiu o gestor na apresentação de resultados anuais do banco, que
atingiu um lucro de 291 milhões de euros. Vieira Monteiro afirmou que o banco entrou num “processo competitivo”
para a aquisição do banco e que, depois da apresentação da proposta de compra
inicial, o Fundo de Resolução a indicar que teria de ser feita uma nova
proposta, porque banco tinha sido alvo de uma medida de resolução".
“A proposta inicial era diferente da que foi feita. Mas a inicial era
uma proposta sujeita a due dilligence, em que iríamos aprofundar o estudo da
situação do banco e poderíamos sair do negócio. O que nos foi dito é que teria
de ser uma nova proposta firme e que ficávamos com todos os riscos inerentes. O
nosso risco foi muito maior”, disse Vieira Monteiro. O presidente do Santander Totta indicou até que encontrou “situações” no
Banif que não seriam atrativas numa compra sujeita a uma avaliação prévia dos
ativos e passivos do banco pelo comprador. “Se soubéssemos que havia situações
que não soubemos na altura, se calhar não tinha havido proposta”, afirmou. Questionado persistentemente sobre estas questões problemáticas, Vieira
Monteiro não se alongou mais: “Encontrámos situações a todos os níveis, na
carteira de crédito e noutras. Na devida altura será explicitado” (Jornal i)
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O presidente do Santander Totta garante que o
banco não foi beneficiado nem pela Comissão Europeia nem pelo Banco de Portugal
na compra do Banif. O banco pagou 150 milhões de euros e António Vieira
Monteiro admite que fez um bom negócio. O grupo Santander avalia agora o banco
em 283 milhões de euros, um valor bem acima do que pagou. O Presidente do
Santander Totta diz que ainda é cedo para anunciar se vai concorrer à compra do
ex-BES.
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