terça-feira, janeiro 26, 2016

BANIF: continuam os mistérios e reforçada a razão de ser da Comissão de Inquérito parlamentar na Assembleia da República

O ex-presidente executivo do Banif Jorge Tomé considerou hoje que o banco terá sido usado como "moeda de troca", mas recusou adiantar mais informações sobre esta sua tese. "[A Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia] podia ter utilizado o Banif como moeda de troca e se calhar foi o que fez. Eu cá tenho a minha tese, com fundamentos, mas não me vou adiantar", disse Jorge Tomé durante a sua intervenção na conferência sobre o sistema financeiro português que hoje está a decorrer em Lisboa, na Faculdade de Direito. Bruxelas mereceu hoje duras críticas de Jorge Tomé quanto, quer à sua postura durante as negociações dos planos de reestruturação do banco, desde 2013, como na resolução da entidade, em Dezembro do ano passado. O administrador bancário disse não querer dar eco às críticas que falam que o Banif poderia estar já prometido ao Santander Totta, mas questionou a Comissão Europeia por durante anos ter andado a falar das "regras sagradas" de um processo de venda, que tinha de ser "transparente, competitivo e aberto", mas depois ter aceitado que tal não acontecesse quando impôs à administração do Banif, no fim de 2015, que alienasse o banco numa semana. À saída da conferência, questionado pelos jornalistas, Jorge Tomé voltou a recusar desenvolver a sua tese de o Banif ter servido como moeda de troca, afirmando apenas novamente que a "liquidação forçada" que considera ter acontecido no Banif só se justifica se a entidade foi usada como "moeda de troca" de alguma coisa (DN-Lisboa)

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