Maria de Belém – Continuo a pensar que a queda de Maria de Belém não
teve nada a ver com a polémica gerada sobre as subvenções, dado que já antes disso
ela tinha mostrado que não conseguiu chegar aos 15%. Penso que os eleitores do PS, que numa fase inicial se dividiam entre Belém e Nóvoa, começaram
a perceber que apenas um deles podia ter possibilidade, num cenário de segunda
volta, de enfrentar Marcelo Rebelo de Sousa. Belém foi sempre conotada como uma
candidata que foi apoiado pelos sectores seguristas do PS e que resolveu
avançar contra a opinião de Costa ou pelo menos sem o ter consultado. Belém foi
um instrumento numa guerra surda nos bastidores do PS, e quando os eleitores
socialistas perceberam, isso, ela foi claramente afastada das preferências. Usar
a polémica das subvenções como causa do descalabro é absurdo e uma tentativa de
esconder a realidade. E a realidade é que Belém, para além de estar obrigada a
pagar os custos da sua campanha – porque ao não chegou aos 5% dos votos ficou
privada das subvenções públicas – termina sem glória a sua carreira política,
apesar de ter sido até há pouco tempo a Presidente do PS.
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