Não tive oportunidade de ver, mas tenho a gravação à espera. Monteiro Diniz assumiu - na sequência as considerações que tenho escrito, não sobre a sua pessoa, mas quanto ao cargo de exerce, por entender, e continuo a entender, que deveria ser encontrada outra solução para a representatividade da República (embora reconheça que existem por vezes episódios que facilmente questionam esta minha concepção e que me retiram espaço de manobra…) - que faço parte de uma espécie de rol dos “marginais” para os quais o Palácio de S. Lourenço é uma obsessão que nos atormenta. Nada disso. Recuso, repito uma vez mais, misturar pessoas com cargos, e acho que nada impede que tenha a liberdade de discordar da existência de um determinado cargo, desde que fundamente esses motivos da minha discordância ou pelo menos das minhas reservas. Contudo, no quadro dessa seriedade que procuro imprimir às minhas opiniões – que são sempre pessoais – acho que Monteiro Diniz, não só foi fundamental nesta situação gerada em torno de episódios no parlamento como, segundo me constou – porque, repito, ainda não tive oportunidade de ouvir a entrevista – foi coerente e convincente, usando uma linguagem facilmente perceptível e deixando sugestões que deveriam nalguns casos ser tidas em consideração. Todos os testemunhos que me foram transmitidos, apontaram todos nessa direcção, inclusivamente realçando o facto de ter deixado subjacentes recomendações, sugestões e críticas pertinentes. Tal circunstância, felizmente para a Madeira e para a normalização do funcionamento das suas instituições autonómicas, porque no fundo é isso que mais importa, acabou por ser “péssima” para os contestatários da função constitucional que ocupa, na medida em que nos retira fundamentos e reforça os argumentos dos que entendem que o Estado deve manter nas regiões autónomas uma representação, pelo menos ao nível daquela que actualmente dispõe. Por isso, e tal como em tudo na vida, resta-me felicitar a pessoa, neste caso o cidadão Monteiro Diniz, pela sua postura no programa de televisão mas também pela forma como geriu o seu envolvimento indirecto na situação e pelo equilíbrio demonstrado e transmitido. Mesmo tendo eu a certeza, e tenho, de que nunca sairei do tal “rol” dos inimigos. Porque não abdico depensar da forma como penso!
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